O descompromisso da arte em "The Liar", de Henry James
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i34p3-17Palavras-chave:
Henry James, "A arte da ficção", "The Liar"Resumo
Em consonância com as reivindicações de escritores ingleses do contexto finissecular, Henry James elabora, em “A Arte da Ficção” (1884), uma espécie de manifesto artístico em que confere à literatura uma autonomia estética que a desvincula de qualquer compromisso moral. Tais preceitos, por sua vez, não se restringiram ao projeto teórico do autor. A partir da criação de personagens-artistas, James estende essa discussão para o plano ficcional de modo a torná-la mais complexa. Com o objetivo de traçar paralelos entre a produção crítica e literária do autor, este artigo apresenta uma leitura de “The Liar” (1888), conto que mobiliza importantes aspectos do projeto estético de Henry James ao problematizar o estatuto da arte.
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