A Tradição Gótica em Casa de Niebla (1947) de María Luisa Bombal

Autores

  • Gabriela Freitas Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i39p132-158

Palavras-chave:

Casa de niebla, María Luisa Bombal, gótico feminino, literatura chilena, literatura gótica, literatura hispano-americana

Resumo

O presente artigo analisa o romance Casa de niebla (1947) da autora chilena María Luisa Bombal, explorando como a obra segue as convenções da literatura gótica, em particular do gótico feminino. O estudo destaca o uso de Bombal de elementos como o sublime, o infamiliar e a casa como locus horriblis para ilustrar o matrimônio infeliz de Helga e Daniel. Como segunda esposa de Daniel, Helga se vê no papel de substituta, o que faz com que ela se sinta solitária e separada de si mesma em seu novo lar, que deveria constituir um lugar seguro, segundo a acepção burguesa. Ao empregar tais características do gótico, a autora não apenas revela as complexidades da relação de Helga com Daniel e consigo mesma, mas também oferece uma crítica ao papel tradicional da mulher na sociedade, utilizando a estética gótica como ferramenta para denunciar as opressões e angústias advindas da instituição matrimonial e dos papéis de gênero, como é típico do gótico feminino.

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Publicado

2024-11-20

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Seção

Artigos

Como Citar

Freitas, G. (2024). A Tradição Gótica em Casa de Niebla (1947) de María Luisa Bombal. Revista Criação & Crítica, 39(39), 159-185. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i39p132-158