Mémoires marginales et contre-récits: Patrick Chamoiseau e Conceição Evaristo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i32p111-124Palavras-chave:
Memória cultural, Escravidão, Oralidade, Patrick Chamoiseau, Conceição EvaristoResumo
Nosso artigo pretende interrogar, a partir da tese defendida por Zilá Bernd (2017) sobre o papel do escritor para cumprir as lacunas memoriais, as obras seguintes: Texaco (1992), Un dimanche au cachot (2007), L’esclave vieil homme et le molosse (1997) de Patrick Chamoiseau, e Becos da memória (2017) e Ponciá Vicêncio (2017) de Conceição Evaristo. Completaremos nossas ideias a partir de duas obras teóricas : Écrire en pays dominé (1997) de Chamoiseau e Le discours antillais (1997), de Édouard Glissant. Assim, será possível refletir sobre a ligação entre escrita e resistências. Dessa forma, a figura do escritor que recupera e resgata as narrativas silenciadas aparece como a voz dos que não podem se exprimir e propõe relatar as diversas histórias dos “esquecidos” da História oficial. Refletiremos também sobre o elo entre oralidade e memória coletiva partindo da teoria de Jan Assman (2002). Desta forma, tentaremos entender como poderiam se desenhar linhas de pesquisa em comum entre Caribe/Brasil, as quais, levando em conta as diferenças culturais e geográficas, empreendam agrupar os questionamentos em torno de eixos temáticos comuns.
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Referências
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