Inspeção predial como instrumento de prevenção de sinistros em edificações históricas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v18i36p187-209Palabras clave:
Patrimônio edificado, Instalações prediais de seguraça, Manutenção predialResumen
A inspeção em edificações históricas é um importante instrumento para garantir a segurança, o desempenho e a vida útil das construções. No Brasil, as normas de inspeções prediais são genéricas e carecem de aperfeiçoamento, a exemplo de normas internacionais. Assim, este artigo tem por objetivo analisar normas de inspeção predial como instrumento preventivo na preservação de sinistros nessas edificações, por meio da identificação de metodologias vigentes. Foi realizada uma análise conceitual da prevenção no campo do pensamento preservacionista e pesquisa de normativas vigentes em âmbito nacional e internacional que são relevantes na conservação de edifícios históricos. Os resultados apontaram sete países europeus com normas de inspeção específicas para o patrimônio edificado, enquanto outros 27 países europeus e a Turquia que seguem regulamento normativo. No Brasil, apesar de esforços de pesquisadores e da existência de leis e normativas para a preservação inclusive de diretrizes para projetos de prevenção e combate ao incêndio e pânico em bens edificados tombados, as normas técnicas de inspeção predial não apresentam ainda subsídios que atentem às especificidades do patrimônio cultural.
Descargas
Referencias
AMERICAN SOCIETY OF HOME INSPECTORS. ASHI. Disponível em: http://www.homeinspector.org. Acesso em: 10 abr. 2020.
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. ASTM E2270. Standard Practice for Periodic Inspection of Building Facades for Unsafe Conditions. United States, 2013.
APPELBAUM, Bárbara. Metodologia do tratamento de conservação. Coordenação Mariana Gaelzer Wertheimer; tradução Karina Saraiva Schöder. Porto Alegre, 2017.
ARGENTINA. Decreto nº 1233 de 28 de julio de 2000. Disponível em: https://tinyurl.com/yc3ud5x3. Acesso em: 18 mar. 2020.
ARGENTINA. Lei n. 257, de 30 de septiembre de 1999. Disponível em: https://tinyurl.com/4k7kfj2b. Acesso em: 18 mar. 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674: manutenção de edificação: requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-1: avaliação de bens. Rio de Janeiro, 2019.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16747: inspeção predial – diretrizes, conceitos. Rio de Janeiro, 2020.
ASSOCIATION DES INSPECTEURS EN BÂTIMENTS DU QUÉBEC. AIBQ: Norme de pratique professionnelle pour l’inspection visuelle de bâtiments principalement résidentiels, 2011.
AUSTRALIAN STANDARD. AS 4349.0: inspection of buildings Part 0: general Requirements. Sydney, 2007a.
AUSTRALIAN STANDARD. AS 4349.1: Inspection of buildings Part 1: Pre-purchase inspections – Residential buildings. Sydney, 2007a.
BOITO, C. Os restauradores. Cotia: Ateliê, 2008.
BRANDI, C. Teoria da restauração. Tradução de Beatriz Mugayar Kühl. Cotia: Ateliê, 2004.
BUILDINGS DEPARTMENT. Mandatory Window Inspection Scheme (MWIS). Disponível em: https://tinyurl.com/8yfrxbcm. Acesso em: 7 dez. 2023.
CARVALHO, C. R. Conservação preventiva em museus casas históricas: reduzindo os riscos para o patrimônio da Fundação Casa de Rui Barbosa. Pós, São Paulo, v. 20, n. 33, p. 250-321, jun. 2013.
CARVALHO, C. R. Conservação preventiva de edifícios e sítios históricos: pesquisa e prática. Revista CPC, São Paulo, n. 18, p. 141-153, 2014. DOI: 10.11606/issn.1980-4466.v0i18p141-153. Disponível em: https://tinyurl.com/mvw5dtkk. Acesso em: 7 dez. 2023.
CARTAS patrimoniais. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2014. Disponível em: https://tinyurl.com/47szmncv. Acesso em: 5 mar. 2020.
CECCHI, R.; GASPAROLI, P. Preventive and planned maintenance of protected buildings: methodological tools for the development of inspection activities and maintenance plans. Florença: Alinea International, 2012.
CHAN, Daniel W. M.; HUNG, Henry T. W.; CHAN, Albert P. C.; LO, Tony K. K. Overview of the development and implementation of the mandatory building inspection scheme (MBIS) in Hong Kong. Built Environment Project and Asset Management, v. 4, n. 1, p. 71-89, 2014. DOI: https://doi.org/10.1108/BEPAM-07-2012-00.
ESPANHA. Real Decreto-ley de 7 de Julio de 2011. Madrid, ES, 2011. Disponível em: https://tinyurl.com/54ew8fmf. Acesso em: 15 ago. 2020.
ESTADO PLURINACIONAL DE BOLIVIA. Guía boliviana de construcción de edificaciones. 2015. Disponível em: https://tinyurl.com/43s5rs33. Acesso em: 7 dez. 2023.
EUROPEAN STANDARDS. CSN EN 16096: Conservation of cultural property: Condition survey and report of built cultural heritage. 2013. Disponível em: https://tinyurl.com/mpsytsvu. Acesso em: 10 ago. 2020.
GIOVANONNI, Gustavo. Textos escolhidos. Cotia: Ateliê, 2013.
INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Glossário de terminologia básica aplicável à Engenharia de Avaliações e Perícias, 2002. Disponível em: https://tinyurl.com/38fpw25e. Acesso em: 3 dez. 2023.
INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA DE SÃO PAULO. Norma de inspeção predial, 2012. Disponível em: https://tinyurl.com/ye2a54jz. Acesso em: 7 dez. 2023.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Portaria nº 366, de 04 de setembro de 2018. Dispõe sobre diretrizes a serem observadas para projetos de prevenção e combate ao incêndio e pânico em bens edificados tombados. Disponível em: https://tinyurl.com/pdcc4kxk. Acesso em: 30 set 2021.
KLÜPPEL, Griselda Pinheiro; SANTANA, Mariely Cabral de. Manual de conservação preventiva para edificações. Brasília: Programa Monumenta, 2000.
KÜHL, B. M. A restauração de monumentos históricos na França após a Revolução Francesa e durante o século XIX: um período crucial para o amadurecimento teórico, parte 2. Revista CPC, São Paulo, n. 3, p.110-144, 2007.
MÉXICO. Reglamento de Construcciones para el Distrito Federal. Asamblea Legislativa Del Distrito Federal, 1993. Disponível em: https://tinyurl.com/47k4tb5z. Acesso em: 10 mar. 2020.
MONUMENTSWATCH. 2020. Disponível em: https://www.wmf.org/2020watch. Acesso em: 30 mar. 2020.
MORENO-NAVARRO, A. G. La Restauraciòn: método SCCM de restauraciòn monumental. Barcelona, 1999.
MUÑOZ VIÑAS, Salvador. Teoria contemporânea da restauração. Trad. de Flávio L. Carsalade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2021.
MUÑOZ VIÑAS, Salvador. Teoría Contemporánea de la Restauración. Madri: Editorial Síntesis, 2003.
NEW ZEALAND STANDARD. NZS 4306:2005 Residencial Property Inspection. Nova Zelândia, 2005.
PINHEIRO, Marcos José de Araújo; LOURENÇO, Bettina Collaro Goerlich de; DUARTE, Maria Cristina Coelho; FRANQUEIRA, Márcia Lopes; LOPES, Débora S. Metodologia e tecnologia na área de manutenção e conservação de bens edificado: o caso do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos. Rio de Janeiro: Fiocruz, Casa de Oswaldo Cruz, 2009.
RIEGL, A. O culto moderno dos monumentos. São Paulo: Perspectiva, 2014.
RUSKIN, J. A lâmpada da memória. Cotia: Ateliê, 2008.
SINGAPORE. Building Control Act. Disponível em: https://tinyurl.com/24w4hvaw. Acesso em: 20 mar. 2020.
SINISTRO. In: DICIO, Dicionário Online de Português. Porto: 7Graus, 2020. Disponível em: https://www.dicio.com.br/sinistro/. Acesso em: 30 nov. 2023.
TINOCO, Jorge Eduardo Lucena. Plano de gestão da conservação para edificações de valor cultural. Revista CPC, São Paulo, n. 17, p. 94-107, 2013. DOI: 10.11606/issn.1980-4466.v0i17p94-107. Disponível em: https://tinyurl.com/5xvxbu6k. Acesso em: 7 dez. 2023.
VIOLLET-LE-DUC, Eugène Emmanuel. Restauração. Cotia: Ateliê, 2000.
WU, M.; VAN LAAR, B. The Monumentenwacht model for preventive conservation of built heritage: a case studyof Monumentenwacht Vlaanderen in Belgium, Frontiers of Architectural. Frontiers of Architectural Research, v. 10, n. 1, p. 92-107, march 2021. DOI: https://doi.org/10.1016/j.foar.2020.07.007. Disponível em: https://tinyurl.com/mv5pmdtb. Acesso em: 7 dez. 2023.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Eliza Hasselmann, Roseane Norat
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).