Dentinogênese imperfeita tipo II

um relato de caso com acompanhamento de 34 anos

Autores

  • Heloisa Aparecida Orsini Vieira, DDS Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto https://orcid.org/0000-0003-1618-3158
  • Aldevina Campos de Freitas, PhD Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
  • Regina Maura Fernandes, PhD Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
  • Daniele Lucca Longo, PhD Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
  • Raquel Assed Bezerra da Silva, PhD Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto
  • Mariana de Oliveira Daltoé, MSc Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto https://orcid.org/0000-0002-5632-6814
  • Alexandra Mussolino de Queiroz, PhD Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto https://orcid.org/0000-0003-2900-5000
  • Paulo Nelson Filho, PhD Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto https://orcid.org/0000-0001-8802-6480

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2357-8041.clrd.2020.168679

Palavras-chave:

Dentinogênese Imperfeita, Diagnóstico Precoce, Reabilitação oral, Continuidade da Assistência ao Paciente

Resumo

A dentinogênese imperfeita (DI) é uma doença de alteração hereditária que afeta o desenvolvimento dentinário, podendo ocorrer associada à presença de osteogênese imperfeita (tipo I), isoladamente (tipo II), ou especificamente associada ao povoado de Brandywine, no sul de Maryland (tipo III). O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de DI tipo II na infância que recebeu acompanhamento por 34 anos. A criança em questão foi encaminhada ao serviço de assistência odontológica ainda muito pequena, o que favoreceu um tratamento adequado, evitando complicações e trazendo um prognóstico favorável a longo prazo, além de garantir o bem-estar físico e mental da paciente. Os aspectos clínicos desta condição são dentes com coroas curtas e coloração marrom acinzentada, além de uma consistência alterada nos elementos dentários afetados. Radiograficamente, foram identificados dentes com coroas bulbosas, constrição cervical, raízes afinadas, e obliteração precoce do canal radicular e câmaras pulpares devido à excessiva produção de dentina. Para o tratamento, utilizou-se coroas de aço cromado na reconstrução de molares decíduos e restaurações de resina composta nos dentes decíduos anteriores. Quanto à dentição permanente, o tratamento visou reestabelecer a função e a estética, utilizando-se de coroas metálicas nos primeiros molares e coroas e facetas cerâmicas nos dentes anteriores. Em outros dentes posteriores foram utilizados os tratamentos endodôntico, protético e restaurador. Medidas preventivas foram instituídas. Em conclusão, a DI pode causar sérias alterações na estrutura dentinária, afetando a função e a estética de ambas as dentições. A intervenção odontológica multidisciplinar será mais promissora quanto mais cedo for estabelecida, promovendo a saúde bucal e minimizando os danos aos indivíduos afetados.

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Biografia do Autor

  • Heloisa Aparecida Orsini Vieira, DDS, Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

    Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

  • Aldevina Campos de Freitas, PhD, Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

    Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

  • Regina Maura Fernandes, PhD, Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

    Departamento de Materiais Dentários e Prótese, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

  • Daniele Lucca Longo, PhD, Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

    Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

  • Raquel Assed Bezerra da Silva, PhD, Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

    Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

  • Mariana de Oliveira Daltoé, MSc, Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

    Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

  • Alexandra Mussolino de Queiroz, PhD, Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

    Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

  • Paulo Nelson Filho, PhD, Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

    Departamento de Clínica Infantil, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

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Publicado

2020-09-24

Edição

Seção

Caso clínico ou relato de técnica

Como Citar

Vieira, H. A. O., Freitas, A. C. de, Fernandes, R. M., Longo, D. L., Silva, R. A. B. da, Daltoé, M. de O., Queiroz, A. M. de, & Nelson Filho, P. (2020). Dentinogênese imperfeita tipo II: um relato de caso com acompanhamento de 34 anos. Clinical and Laboratorial Research in Dentistry. https://doi.org/10.11606/issn.2357-8041.clrd.2020.168679