Dentinogênese imperfeita tipo II
um relato de caso com acompanhamento de 34 anos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2357-8041.clrd.2020.168679Palavras-chave:
Dentinogênese Imperfeita, Diagnóstico Precoce, Reabilitação oral, Continuidade da Assistência ao PacienteResumo
A dentinogênese imperfeita (DI) é uma doença de alteração hereditária que afeta o desenvolvimento dentinário, podendo ocorrer associada à presença de osteogênese imperfeita (tipo I), isoladamente (tipo II), ou especificamente associada ao povoado de Brandywine, no sul de Maryland (tipo III). O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de DI tipo II na infância que recebeu acompanhamento por 34 anos. A criança em questão foi encaminhada ao serviço de assistência odontológica ainda muito pequena, o que favoreceu um tratamento adequado, evitando complicações e trazendo um prognóstico favorável a longo prazo, além de garantir o bem-estar físico e mental da paciente. Os aspectos clínicos desta condição são dentes com coroas curtas e coloração marrom acinzentada, além de uma consistência alterada nos elementos dentários afetados. Radiograficamente, foram identificados dentes com coroas bulbosas, constrição cervical, raízes afinadas, e obliteração precoce do canal radicular e câmaras pulpares devido à excessiva produção de dentina. Para o tratamento, utilizou-se coroas de aço cromado na reconstrução de molares decíduos e restaurações de resina composta nos dentes decíduos anteriores. Quanto à dentição permanente, o tratamento visou reestabelecer a função e a estética, utilizando-se de coroas metálicas nos primeiros molares e coroas e facetas cerâmicas nos dentes anteriores. Em outros dentes posteriores foram utilizados os tratamentos endodôntico, protético e restaurador. Medidas preventivas foram instituídas. Em conclusão, a DI pode causar sérias alterações na estrutura dentinária, afetando a função e a estética de ambas as dentições. A intervenção odontológica multidisciplinar será mais promissora quanto mais cedo for estabelecida, promovendo a saúde bucal e minimizando os danos aos indivíduos afetados.
Downloads
Referências
American Academy of Pediatric Dentistry. Guideline on dental management of heritable dental developmental anomalies. Pediatr Dent. 2013;35(5):E179-84.
Seow WK. Developmental defects of enamel and dentine: challenges for basic science research and clinical management. Aust Dent J. 2014;59 Suppl 1:143-54. doi: https://doi.org/10.1111/adj.12104.
Beltrame APC, Rosa MM, Noschang RA, Almeida IC. Early rehabilitation of incisors with dentinogenesis imperfecta type II – Case Report. J Clin Pediatr Dent. 2017;41(2):112-5. doi: https://doi.org/10.17796/1053-4628-41.2.112.
Akhlaghi N, Eshghi AR, Mohamadpour M. Dental management of a child with dentinogenesis imperfecta: a case report. J Dent (Tehran). 2016;13(2):133-8.
Millet C, Viennot S, Duprez JP. Case report: rehabilitation of a child with dentinogenesis imperfecta and congenitally missing lateral incisors. Eur Arch Paediatr Dent. 2010;11(5):256-60. doi: https://doi.org/10.1007/bf03262758.
Goud A, Deshpande S. Prosthodontic rehabilitation of dentinogenesis imperfecta. Contemp Clin Dent. 2011;2(2):138-41. doi: https://doi.org/10.4103/0976-237X.83072.
Gama FJR, Corrêa IS, Valerio CS, Ferreira EF, Manzi FR. Dentinogenesis imperfecta type II: a case report with 17 years of follow-up. Imaging Sci Dent. 2017;47(2):129-33. doi: https://doi.org/10.5624/isd.2017.47.2.129.
Fan F, Li N, Huang S, Ma J. A multidisciplinary approach to the functional and esthetic rehabilitation of dentinogenesis imperfecta type II: a clinical report. J Prosthet Dent. 2019;122(2):95-103. doi: https://doi.org/10.1016/j.prosdent.2018.10.028.
Garrocho-Rangel A, Dávila-Zapata I, Martínez-Rider R, Ruiz-Rodríguez S, Pozos-Guillén A. dentinogenesis imperfecta type II in children: a scoping review. J Clin Pediatr Dent. 2019;43(3):147-54. doi: https://doi.org/10.17796/1053-4625-43.3.1.
Ubaldini ALM, Giorgi MCC, Carvalho AB, Pascon FM, Lima DANL, Baron GMM, et al. Adhesive restorations as an esthetic solution in dentinogenesis imperfecta. J Dent Child (Chic). 2015;82(3):171-5.
Soliman S, Meyer-Marcotty P, Hahn B, Halbleib K, Krastl G. Treatment of an adolescent patient with dentinogenesis imperfecta using indirect composite restorations – a case report and literature review. J Adhes Dent. 2018;20(4):345-54. doi: https://doi.org/10.3290/j.jad.a40991.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Heloisa Aparecida Orsini Vieira, DDS, Aldevina Campos de Freitas, PhD, Regina Maura Fernandes, PhD, Daniele Lucca Longo, PhD, Raquel Assed Bezerra da Silva, PhD, Mariana de Oliveira Daltoé, MSc, Alexandra Mussolino de Queiroz, PhD, Paulo Nelson Filho, PhD
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Solicita-se aos autores enviar, junto com a carta aos Editores, um termo de responsabilidade. Dessa forma, os trabalhos submetidos à apreciação para publicação deverão ser acompanhados de documento de transferência de direitos autorais, contendo a assinatura de cada um dos autores, cujo modelo está a seguir apresentado:
Eu/Nós, _________________________, autor(es) do trabalho intitulado _______________, submetido agora à apreciação da Clinical and Laboratorial Research in Dentistry, concordo(amos) que os autores retém o direitos autorais e garantem a revista o direito da primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente autorizado sob a Creative Commons Attribution License, que permite a outros compartilhar o artigo com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta Revista. Aos autores será possibilitada a distribuição em separado da versão publicada do artigo, arranjos contratuais adicionais para a distribuição não-exclusiva da versão publicada (por exemplo, publicá-la em um repositório institucional ou publicação em livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial nesta revista. Aos autores será permitido e encorajado publicar seu trabalho on-line (por exemplo, em repositórios institucionais ou em seu site) antes e durante o processo de envio, pois pode levar a intercâmbios produtivos, bem como a maior citação do trabalho publicado. (Veja The Effect of Open Access).
Data: ____/____/____Assinatura(s): _______________