A mulher sitiada de Clarice Lispector: o serafim coxo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-8051.cllh.2020.178661Palavras-chave:
Clarice Lispector, A cidade sitiada, Livro de Isaias, Paródia, AntiepifaniaResumo
Este artigo propõe discutir o romance A cidade sitiada (1949), de Clarice Lispector, como marcado pelo recurso discursivo nomeado paródia. A autora, vivendo em Berna, sitiada em contexto europeu, situa o seu texto em um molde tradiconal de construção narrativa e, ao se valer de figuras do capítulo seis do livo do profeta Isaías, as reconfigura à constituição de sua protagonista, Lucrécia Neves, mulher sitiada dentro dos muros da cidade de São Geraldo. O foco das análises privilegia o capítulo quatro da narrativa de Lispector – “A estátua pública” –, tendo como respaldo teórico, além de interpretações da fortuna crítica acerca da obra da ficcionista, textos abalizados ligados às esferas literária e bíblica.
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