Fronteiras interculturais na Iberoamérica: o exemplo dos povos indígenas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2595-2536.v32i2p46-59Palavras-chave:
Fronteiras culturais, Interculturalidade, Racismo e desigualdade, Adaptação e resistência ameríndia, Indígenas do BrasilResumo
Da chegada dos europeus à América aos tempos atuais, a identidade iberoamericana apresenta-se como o resultado de migrações multisseculares e sucessivas de homens, plantas e animais entre o Velho e o Novo Mundo, criando e destruindo fronteiras identitárias entre o “civilizado” e o “selvagem”. As fronteiras transmitem um aprendizado recíproco sobre confluências e oposições interétnicas, operado num campo extremo de desigualdade entre dominantes europeus e dominados ameríndios. Esse acontecimento, de dimensão planetária, é visto a partir das fronteiras culturais entre o universo mágico indígena e o ocidental, resultando num processo de aniquilamento, resiliência e adaptação da identidade pluriétnica e multidimensional iberoamericana, que toma, por referência central, os povos indígenas – históricos e atuais – da nação brasileira.
Downloads
Referências
BARTH,F. Grupos étnicos e suas fronteiras.In:POUTIGNAT, P. Teorias da etnicidade seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: Editora da UNESP, 1998.
BRAUDEL, F. O Mediterrâneo e o Mundo Mediterrânico na época de Filipe II. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
CARIAGA, D E. Considerações sobre a territorialidade e as transformações entre os Kaiowá e Guarani em Te’ýikur, Caarapó-MS. In: SILVEIRA, N.H. et al.(orgs.). Diálogos com os Guarani: articulando compreensões antropológicas eindígenas.Florianópolis: Editora da UFSC, 2016.
COOK, N.D. Demographic Collapse: Indian Peru, 1520-1620. Cambridge: Cambridge Latin American Studies, 1982.
CUCHE, D. A noção de cultura nas ciências sociais. 2.ed., Bauru: EDUSC, 2002.
CUNHA, M.C. Índios no Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo: Claro Enigma, 2012.
DESCOLA, P. Outras naturezas, outras culturas. Trad.Cecília Ciscato. São Paulo: Editora 34, 2016.
DONGHI, T.H. Historia Contemporanea de America Latina. 3.ed. El libro de Bolsillo. Madrid: Alianza Editorial, 1972.
GRUZINSKI, S. As quatro partes do mundo: história de uma mundialização. São Paulo: Edusp, 2014.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1992.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Caminhos e fronteiras. Rio de Janeiro: José Olympio, 1957.
MONIOT, H. L' histoire des peuples sans histoire. In: LE GOFF, J.; NORA, P. Faire de l'histoire:nouveaux problèmes. Paris: Gallimard, 1974.
POUTIGNAT,P.; STREIFF-FENART J.Teorias da etnicidadeseguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: Editora UNESP, 1998.
RAMINELLI, R. Prefácio. In: CHICANGANA-BAYONA, Y.A. Imagens de canibais e selvagens do novo mundo do maravilhoso medieval aoexótico colonial (séculos XV-XVII).São Paulo: Editora Unicamp, 2017.
TASSINARI, A. Apresentação. In: SILVEIRA, N.H; MELO, C.R.; JESUS, S.C. Diálogos com os Guarani: articulando compreensões antropológicas e indígenas. Florianópolis: Editora da UFSC, 2016.
VEYNE, P. Como se escreve a História. Trad. António José da Silva Moreira. Lisboa: Edições 70, 1983.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Alzira Lobo de Arruda Campos, Marília Gomes Ghizzi Godoy, Patrícia Margarida Farias Coelho
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-sa/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.