O jardim de Rousseau e a virtude do jardineiro
Palabras clave:
Rousseau – Nova Heloísa – Emílio – educação – jardimResumen
Os intérpretes da obra de Jean-Jacques Rousseau, em sua maioria, concordam que há um esforço substancial em seus escritos para provar não apenas a bondade original do homem e sua depravação ao longo da história, mas também a possibilidade de resgate e conserto da situação de desigualdade e degradação moral à qual a humanidade chegou. Nesse aspecto, o presente artigo procura refletir sobre os componentes naturais desse conserto e a forma como podem ser utilizados na promoção e sustentação desse processo. Na metáfora do jardim, a virtude do jardineiro do jardim da Nova Heloísa está precisamente em ter reproduzido as condições naturais na maior fidedignidade possível, disfarçando os traços de sua obra. Moral da alegoria: O conserto deve ser fruto de um processo cultural, social e pedagógico que, no entanto, resgata os desígnios da natureza.