Archeology and Magic

Authors

  • Tiago Brentam Perencini Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Marília

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i35p232-249

Keywords:

Archeology, Magic, Statement, Signature, Michel Foucault

Abstract

Nature leaves nothing without signing. Such gesture of emitting signals sounds like an ethical purpose that cannot be understood in the light of the human sciences. From a different perspective of the contemporary scientific discourse, the general purpose of this paper will be to describe the game of shadows by which Michel Foucault's archeology approaches the paradigm of magic. Magic is a spiritual practice with oneself, with one another, and with the world, which cannot be reduced to the representation and the meaning. My hypothesis tries to investigate to what extent the paradigm of magic is present in the archaeological writings, even though Michel Foucault scarcely refers directly to it, a task that implies an excavation of the tracks left between the lines of his thought, as did his contemporary Giorgio Agamben. To this end, I will focus on the resonance between the concepts of (a) statement and signature and (b) historical a priori and mana. We acknowledge that statement and historical a priori are two central operators to the archaeological thought. My task will be to show that they are intimate with signature and mana, both notions from the field of magic. It will not be difficult to realize that archeology drinks like a fish the paradigm of magic. Such interpretation allows us to think how knowledge and practices have been eclipsed since secularized thinking and Enlightenment. Thus, archeology is signalized as a kind of anti-science of signatures, a kind of an ethos which is unveiled so far.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AGAMBEN, G. Signatura rerum – sobre el método. Córdoba: Adriana Hidalgo Editora, 2009.

AGAMBEN, G. O fogo e o relato: ensaios sobre criação, escrita, arte e livros, trad. Andrea Santurbano, Patricia Peterle, 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2018.

BENJAMIN, W. Destino e caráter. In: Iluminationem. Frankfurt: Fischer Verlag, 1981.

BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: Ensaios sobre literatura e história da cultura, obras escolhidas vol. 1, Trad. Sergio Paulo Rouanet, 3ª ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.

CARVALHO, A. F. “Foucault e a espiritualidade como o real da filosofia: do ultrapassamento de si ao ultrapassamento do mundo”. Fermentario, nº 8, Vol. 2, p. 1 – 16, 2014.

CARVALHO, A. F. Anarqueologia e aleturgia em Foucault: ¿e se as verdades fossem outras para a educação? In: CORTÉS, O. P.; VACA, M. T. S.; BERNAL, O. O. E; (org). Pensar de outro modo. Herramientas filosóficas para investigar en educación. Tunja, Editorial UPTC: 2017.

DELEUZE, G. Foucault. Trad. Claudia Sant’Anna Martins; revisão Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Brasiliense, 2013.

DELEUZE, G. La subjetivación: curso sobre Foucault III, 1ª ed., Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Cactus, 2015.

DÍAZ, E. A filosofia de Michel Foucault. Trad. Cesar Candiotto, 1ª ed. São Paulo: Editora Unesp, 2012.

DREYFUS, H. RABINOW, P. Michel Foucault: Uma Trajetória Filosófica (para além do estruturalismo e da hermenêutica). Trad. Vera Porto Carrero. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

DOSSE, F. Renascimento do acontecimento: um desafio para o historiador: entre Esfinge e Fênix. Trad. Constancia Morel, São Paulo: Editora Unesp, 2013.

FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Trad. Coletivo Sycorax, São Paulo, Elefante, 2017.

FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. Trad. Salma Tannus Muchail, 8ª ed., Martins Fontes: São Paulo, 2002.

FOUCAULT, M. A arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves, 7ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008a.

FOUCAULT, M. Ditos e Escritos II. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Org. e Sel. De Textos Manoel Barros da Motta. Trad. Elisa Monteiro, 2ª ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008b.

FREITAS, A. S. de. “O cuidado de si e os perigos de uma ontologia ainda sem cabimento: o legado ético-espiritual de Foucault”. Pro-posições. v. 25, nº 2 (74), p. 121-138, maio-ago, Campinas-SP, 2014.

GERNET, L. Antropología de la Grecia Antigua. Madrid: Taurus, 1984.

GROS, F. Desobedecer. Trad. Célia Euvaldo, São Paulo: Ubu Editora, 2018.

LECOURT, D. A Arqueologia e o Saber. In: O Homem e o Discurso: A arqueologia de Michel Foucault. 2ª ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.

MACHADO, R. A arqueologia do saber e a constituição das ciências humanas. Ano V, nº 5. São Paulo: Revista Discurso (USP), 1974.

MACHADO, R. Foucault, a ciência e o saber. 4ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

PERENCINI, T. B. “O enunciado no pensamento arqueológico de Michel Foucault”. Kínesis, v.VII, nº 15, p. 135–150, Marília-SP, 2015.

PERENCINI, T. B. Uma arqueologia do ensino de filosofia no Brasil: Formação discursiva na produção acadêmica de 1930 a 1968. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2017.

PERENCINI, T. B. “Tarot como prática possível ao processo de individuação”. Revista Jung Marília, Vol. 1, n. 1, p. 10-34, Marília-SP, 2018.

STENGERS, I. No tempo das catástrofes – resistir à barbárie que se aproxima, Trad. Eloisa Araújo Ribeiro, São Paulo: Cosac Naify, 2015.

STENGERS, I. “Reativar o animismo”. Cadernos de Leitura, nº 62, Belo Horizonte: Edições Chão da Feira, 2017.

VEYNE, P. Foucault: seu pensamento, sua pessoa. Trad. Marcelo Jacques de Morais, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

Published

2019-12-31

Issue

Section

Foucault, Políticas da arqueologia – 50 anos de A arqueologia do Saber (1969)

How to Cite

Archeology and Magic. (2019). Cadernos De Ética E Filosofia Política, 2(35), 232-249. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i35p232-249