O feminismo espinosano de Marilena Chaui: Espinosa contra as Amazonas ou a hipótese contrária
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v39i2p278-295Palavras-chave:
Marilena Chaui, Bento de Espinosa, Feminismo, Democracia, Tratado políticoResumo
A partir de um dos primeiros textos publicados por Marilena Chaui, o “Terceira margem. Notas para um rodapé selvagem” de 1976, que inaugura a sua reflexão acerca do estatuto político das mulheres e, ao mesmo tempo, amadurece suas primeiras ideias acerca do que viria constituir o Nervura do real (sua principal obra sobre Espinosa), o nosso ensaio se pergunta acerca da possibilidade de um feminismo espinosano operando na obra de Chaui. Para tanto, procuramos dar conta de como o referido texto de 1976 aborda a aparente hipótese da rejeição da participação das mulheres na democracia no Tratado político de 1677 de Espinosa, sendo esta rejeição um problema enfrentado pelas principais feministas contemporâneas que recorrem à filosofia de Espinosa para fundamentar suas ideias e lutas. Levando em conta esta última consideração e o fato de que no Brasil ainda sejam raras as aproximações entre feminismo e Espinosa (algo diferente do que acontece internacionalmente), o nosso ensaio apresenta um apêndice contendo o mapeamento das principais obras, autoras e linhas do que contemporaneamente vem a ser chamado de feminismo espinosano.
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