"Esta cosita que hablamos nosotros" ou as razões por que um poeta traduz
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.v1i5p18-33Resumo
Traduzir é, entre outras coisas, um ato político. Quando, em 1850, Sarmiento quer explicar em um salão de Madri que não acredita que a cultura dos novos países da América seja dependente da Espanha, o primeiro que diz é: “Traducimos nosotros mismos. No los necesitamos a ustedes para traducir”. Com isso está mostrando que traduzir é um ponto forte na construção da independência. Isso não implica que seja necessário traduzir hiperlocalmente. Mas traduzir na América, e defender nossas traduções, pensando cuidadosamente no universo léxico e nas formas verbais, tem a ver com defender um certo nível de autonomia e de cor de nossa língua no concerto espanhol. Ademais deste aspecto político, traduzir poesia é para o poeta um âmbito de aprendizagem técnica e um espaço para definição de sua própria poética. Estes aspectos são aqueles que serão desenvolvidos nesta fala, apoiando-se na experiência do apresentador como tradutor do inglês Shakespeare, Enrique IV, partes I e II), latim (Horacio, Odas, Libro III) e italiano (Carlo Emilio Gadda, Il libro primo delle favole).
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