Novos olhares para os estudos da tradução espanhol<>português no século XXI: uma abordagem a partir dos estudos descritivos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.i28p17-24Palabras clave:
tradução, novos estudos de tradução, tradução espanhol, tradução português, estudos descritivosResumen
Ao anunciarmos a chamada do dossiê Tradução e estudos descritivos do espanhol (Traducción y estudios descriptivos del español), no âmbito da Revista Caracol, tencionávamos reunir estudos comparativos entre diferentes línguas, mas com especial interesse pelo par linguístico português e espanhol. A coletânea que vislumbrávamos incluiria pesquisas de unidades linguísticas nos diferentes níveis, mas também fatores sociais e culturais implicados na escolha por essas unidades, de modo a legitimar o diálogo entre a Linguística e os Estudos da Tradução – um tema sobre o qual vêm se debruçando os organizadores desta obra em mãos. Do mesmo modo, sabíamos que a interdisciplinaridade seria um denominador comum em todos os trabalhos, o que demonstra como cada vez mais as fronteiras entre as áreas podem se diluir, de modo a produzir pesquisas cada vez mais instigantes nas Humanidades. Os estudos da tradução mantêm atualmente no Brasil um entre lugar.
Ou seria um “não-lugar”? São poucos os programas de pós-graduação no nosso país dedicados apenas à tradução, conferindo-lhe um lugar, em geral, como uma linha de pesquisa, seja nos estudos literários, seja nos estudos linguísticos. No entanto, podemos apreender um aspecto positivo nesse entre lugar: a possibilidade de que a tradução seja estudada em perspectiva com outras áreas, contribuindo tanto para os estudos tradutórios como para as outras áreas das Ciências Humanas. Seja para analisar a sintaxe, ou aspectos fonológicos, morfológicos, semânticos e pragmáticos, a tradução tem mostrado que pode fornecer caminhos metodológicos que ajudam a compreender os mecanismos das mais diferentes línguas. No caso do par linguístico espanhol<>português, por meio da tradução, verificamos como a semelhança entre as línguas deve ser problematizada, pois apenas assim podemos entender suas assimetrias (Fanjul, 2014). E como estão os estudos da tradução nas últimas décadas? Nos últimos cinquenta anos, as teorias da tradução vêm ganhando contornos dos mais diversos. Influenciadas sobretudo pelo Pós-estruturalismo, diferentes vertentes tiveram a partir de Jacques Derrida um ponto de inflexão. A teoria e prática primordialmente logocêntrica dava espaço à escritura desestruturada do teórico franco-magrebino, cuja base está na desconstrução do texto com o Outro, o que teria profundas consequências na relação entre texto original e traduzido – ou entre textos pertencentes a diferentes aqui e agora.
Descargas
Referencias
Araneda, Rosa. Versos de Astronomia. Chile, 1850-1894.
Arguedas, José María. Los ríos profundos. Caracas: Biblioteca Ayacucho, 1985.
Berman, Antoine. L’Épreuve de l’étranger. Paris: Gallimard, 1984.
Bhabha, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 2019.
Fanjul, Adrián Pablo. Conhecendo assimetrias: a ocorrência de pronomes pessoais. In: Fanjul, A. P.; González, N. M. (org.). Espanhol e português brasileiro: estudos comparados. São Paulo: Parábola editorial, 2014.
Rosa, João Guimarães. Grande Sertão: veredas. Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, RJ, 1956.
Seligmann-Silva, Márcio. Passagem para o outro como tarefa: tradução, testemunho e pós-colonialidade. Rio de Janeiro: UFRJ, 2022
Szpunberg, Alberto. Su fuego en la tibieza. Barcelona, 1981.
Venuti, Lawrence. The Translator’s Invisibility: A History of Translation. Londres: Routledge, 2008.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Leandra Cristina de Oliveira, Wagner Monteiro

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista están de acuerdo con los siguientes términos:
- Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho a la primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo una Licencia Creative Commons Attribution que permite a otros compartir el trabajo con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Los autores pueden establecer por separado acuerdos adicionales para la distribución no-exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicarlo en un repositorio institucional o como un capítulo de libro), con el reconocimiento de la autoría y la publicación inicial en esta revista.
- Se permite y se anima a los autores a publicar y difundir su trabajo en línea (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier punto, antes o durante el proceso editorial, ya que eso puede generar alteraciones productivas, así como aumentar el impacto y las citaciones del trabajo publicado (Véase El Efecto del Acceso Libre).