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n. 27 (2024): (jan-jun 2024) Dossiê: Crítica literaria: vueltas, reconfiguraciones y expansiones en América Latina
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O dossiê “Crítica literaria: vueltas, reconfiguraciones y expansiones en América Latina” foi organizado pelo Prof. Dr. Wanderlan Alves, da Universidade Estadual da Paraíba e pelo Prof. Dr. Rafael Gutiérrez, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O número 27 da Revista Caracol conta com dez artigos e três resenhas. Esse conjunto, por sua vez, divide-se em três blocos. O primeiro deles constitui o dossiê “Crítica literaria: vueltas, reconfiguraciones y expansiones en América Latina”, integrado por nove artigos; o segundo diz respeito a artigos de tema livre no âmbito das literaturas hispânicas; e, por fim, o terceiro compõe-se de três resenhas. Os textos reunidos no dossiê exploram diversas aproximações recentes da crítica e da teoria literária no contexto latino-americano e latino-americanista. Desde perspectivas panorâmicas sobre as transformações da crítica a partir de meados dos anos 60 e 70 do século XX ao presente, até análises sobre obras literárias contemporâneas, os artigos do dossiê analisam problemáticas relacionadas aos usos recentes do discurso ensaístico por parte de alguma crítica literária latino-americana; as resistências ancestrais afro-americanas como alternativas às aproximações críticas herdadas da modernidade europeia; as complexas relações entre oralidade e escrita na tradição latino-americana; a discussão sobre a marginalidade histórica das críticas/escritoras latino-americanas em geral e chilenas especificamente; além de passar por questões centrais da nossa contemporaneidade como a glotopolítica, a reflexão sobre o “insílio” na América Latina, as fantasias revolucionárias na obra de Reinaldo Arenas, ou os procedimentos de criação, leitura e uso do arquivo na prosa de María Moreno. 

Publicado: 2024-05-24

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O nome Caracol se impôs pela ressonância imediata do poema de Rubén Darío, um caracol que, se nos primeiros versos, tocado pelas mãos da Europa, é de outro e “recamado das pérolas mais finas”, no parêntese do verso final, o parêntese do silêncio que pressupõe a escuta, nos é dito que “(O caracol a forma tem de um coração)”. É, então, no espaço do eco, não de um suposto lugar de origem, nem em um ponto de destino, mas nesse espaço de trânsito do som e das ideias que vão e voltam, onde queremos situar esta revista.

CARACOL

A Antonio Machado

En la playa he encontrado un caracol de oro 
macizo y recamado de las perlas más finas; 
Europa le ha tocado con sus manos divinas 
cuando cruzó las ondas sobre el celeste toro. 

He llevado a mis labios el caracol sonoro 
y he suscitado el eco de las dianas marinas, 
le acerqué a mis oídos y las azules minas 
me han contado en voz baja su secreto tesoro. 

Así la sal me llega de los vientos amargos 
que en sus hinchadas velas sintió la nave Argos 
cuando amaron los astros el sueño de Jasón; 

y oigo un rumor de olas y un incógnito acento 
y un profundo oleaje y un misterioso viento... 
(El caracol la forma tiene de un corazón.)


(In.:DARÍO, Rubén. Poesías Completas. Madrid: Aguilar, 1967,p.679)

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