Desenvolvimento Anatômico do Haustório Primário de Struthanthus vulgaris Mart.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9052.v8i0p47-64Abstract
A anatomia do haustório primário de Struthanthus vulgaris Mart. foi estudada em plantas crescendo sobre placas de Petri secas e sobre ramos de Psidium guajava L.. Os estádios iniciais de formação do haustório são semelhantes em ambos os casos. O referido órgão tem origem subterminal, num dos flancos da radícula. As células epidérmicas em contato com o substrato apresentam modificações e, provavelmente, desempenham papel importante na fixação do parasita sobre o hospedeiro. A seguir forma-se uma cavidade lisígena, na região meristemática próxima à epiderme modificada. Essa cavidade, globular, preenche-se com um material amorfo e está provavelmente, relacionada com a penetração e desenvolvimento do órgão intrusivo. Este origina-se a partir da outra parte de células meristemáticas e cresce através da cavidade lisígena. Em consequência desse crescimento surgem, lateralmente a essa estrutura, as primeiras zonas de células colapsadas. Em condições naturais o haustório cresce ate atingir as camadas externas do xilema do hospedeiro. A partir deste estádio, ele emite ramos laterais, onde podem ser vistas regiões meristemáticas associadas a zonas de células colapsadas. No xilema do hospedeiro, as células sugadoras são observadas nas células parenquimáticas radiais, as quais, consequentemente, tornam-se hipertrofiadas. As células mencionadas foram observadas, também, no interior dos elementos de vaso. Estruturalmente, o haustório acha-se constituído por células parenquimáticas, elementos traqueais, zonas colapsadas, esclereídeos e células sugadoras.
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