Estudo da mcrobiota fúngica gastrintestinal de morcegos (Mammalia, Chiroptera) da região noroeste do estado de São Paulo: potencial zoonótico

Autores

  • Luciano Nery Tencate Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, Araçatuba, SP
  • Cilene Vidovix Táparo Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, Araçatuba, SP
  • Cristiano de Carvalho Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, Araçatuba, SP
  • Sandra de Moraes Gimenes Bosco Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Botucatu, SP
  • Luzia Helena Queiroz Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, Araçatuba, SP
  • Deuvânia Carvalho da Silva Universidade Estadual Paulista, Departamento de Clínica, Cirurgia e Reprodução Animal, Araçatuba, SP
  • Silvia Helena Venturoli Perri Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, Araçatuba, SP
  • Márcia Marinho Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina Veterinária, Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, Araçatuba, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-3659.v49i2p146-152

Palavras-chave:

Morcegos, Leveduras, Fungos, Antropozoonoses, Estado de São Paulo

Resumo

Os morcegos são hospedeiros de uma rica diversidade de microrganismos. Muitos trabalhos apontam uma estreita ligação entre quirópteros e fungos com potencial patogênico, principalmente por habitarem ambientes como cavernas, grutas e ocos de árvores, favoráveis à manutenção e propagação dos fungos. O objetivo do trabalho foi estudar a microbiota fúngica gastrintestinal de morcegos. Das 98 amostras pertencentes a 11 espécies de morcegos procedentes de 15 cidades estudadas, 20% são da espécie Carollia perspicillata, 19% Artibeus lituratus, 17% Molossus rufus, 13% Glossophaga soricina, 9% Nyctinomops macrotis, 8% Molossus molossus, 7% Desmodus rotundus, 2% Lasiurus ega, e 1% Eptesicus furinalis, Myotis nigricans e Tadarida brasiliensis. O gênero Aspergillus sp. foi isolado de 29% das amostras, seguidos por 6% Microsporum sp. e Penicillium sp., 4% Tricophyton sp. e zigomicetos e 2% Fusarium sp. Das espécies de leveduras, 14% foram de Rhodotorula sp., 10% Candida sp. e 2% Cryptococcus sp., 22% dos isolados permaneceram sem identificação. Todos os 82 cultivos de vísceras foram negativos para Histoplasma capsulatum. Houve associação estatística significativa entre os resultados do cultivo microbiológico e as espécies de morcegos (p < 0,05). Concluímos que os morcegos podem atuar como agentes veiculadores de fungos com potencial patogênico, entretanto outros trabalhos devem ser realizados a fim de estabelecer estratégias que permitam identificar os principais fatores correlacionados com o crescimento e a disseminação dos microrganismos na natureza e qual a implicação dos quirópteros no ciclo epidemiológico.

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Publicado

2012-04-03

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Tencate LN, Táparo CV, Carvalho C de, Bosco S de MG, Queiroz LH, Silva DC da, et al. Estudo da mcrobiota fúngica gastrintestinal de morcegos (Mammalia, Chiroptera) da região noroeste do estado de São Paulo: potencial zoonótico. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 3º de abril de 2012 [citado 29º de junho de 2024];49(2):146-52. Disponível em: https://journals.usp.br/bjvras/article/view/40271