Levantamento e identificação dos aspectos epidemiológicos da raiva canina no município de Cuiabá - MT

Autores

  • Darci Lara Perecin Nociti Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Cuiabá, MT
  • Ricardo Perecin Nociti Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Cuiabá, MT
  • Simone Pereira Valeriano Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, Cuiabá, MT

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1413-95962011000600006

Palavras-chave:

Cães, Cuiabá, Raiva, Vacina

Resumo

Reconhecida desde a antiguidade, a raiva é uma infecção aguda do sistema nervoso central que acomete mamíferos, sendo causada por um RNA vírus da família Rabidoviridae, gênero Lyssavírus. O Brasil, desde a implantação do programa de controle da raiva em áreas urbanas, vem apresentando um declínio de casos de raiva em cães e em seres humanos. Em Cuiabá, as atividades realizadas pelo Centro de Controle de Zoonoses voltadas para o controle da raiva como: vacinação antirrábica animal, bloqueios de foco, captura de animais errantes, entre outros, permitiu o bloqueio da circulação do vírus na espécie canina. Desde 2008, o município de Cuiabá não registra nenhum caso da doença na espécie canina. Com o objetivo de conhecer a distribuição temporal da raiva canina em Cuiabá- MT, assim como identificar os aspectos epidemiológicos dos cães infectados pelo vírus rábico e verificar as medidas de profilaxia para a raiva canina, adotadas pelo Centro de Controle de Zoonose do município de Cuiabá no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2008, realizou-se o presente estudo. Para o estudo observacional descritivo foi empregado o banco de dados referente à série histórica do CCZ e do Laboratório de Apoio a Saúde Animal - LASA ambos situados no município de Cuiabá- MT. O período de estudo foi de janeiro de 2002 a dezembro de 2008. Neste período foram examinadas 1021 amostras de cérebro de cães, destas 8,71% (89/1021) foram positivas e 91,29% (932/1021) negativas para a raiva. Os meses de maior incidência da doença foram os meses de janeiro 15,05% (14/93), fevereiro 12,5% (9/72), março 12,5% (9/72), abril 14,14% (9/72) e dezembro 13,69% (10/73). O maior número de cães doentes era macho 59,55% (53/89) com idade acima de dois anos 50,55% (45/89) e não domiciliados 67,41% (60/89). Em relação à imunoprofilaxia, a maioria dos cães 99,63% foi vacinada em campanhas. A cobertura vacinal ficou acima dos 80% exceto em 2006. Entre os animais que apresentaram a enfermidade o maior número, 67,41% (60/89), foi de cães não domiciliados, os chamados cães errantes. O percentual de cães domiciliados infectados pelos VR foi igual a 32,58% (29/89). As campanhas de vacinação, portanto, são fundamentais para a imunização do maior número de animais possível e a sociedade deve se conscientizar sobre a importância da raiva e as medidas que devem ser tomadas para controlá-la.

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Publicado

2011-12-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Nociti DLP, Nociti RP, Valeriano SP. Levantamento e identificação dos aspectos epidemiológicos da raiva canina no município de Cuiabá - MT. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de dezembro de 2011 [citado 29º de junho de 2024];48(6):478-85. Disponível em: https://journals.usp.br/bjvras/article/view/34355