Uso de decocto de Spondias mombin L. como antisséptico em felinos submetidos à castração
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2020.162109Palavras-chave:
Plantas medicinais, Orquiectomia, Ovariosalpingohisterectomia, AntimicrobianoResumo
Foi avaliada a eficiência do decocto das folhas de cajá (Spondias mombin L.) como antisséptico no pós-cirúrgico de gatos submetidos à orquiectomia e ovariosalpingohisterectomia. Para tal, foram submetidos à castração 45 gatos sem raça definida, divididos em três grupos. O primeiro grupo como controle positivo com Solução Alcoólica de Clorexidine a 0,5%; segundo grupo controle negativo com água destilada estéril; e o grupo teste com o decocto de cajá à concentração de 100 mg/mL. Todos os animais, independentemente da idade e sexo, tiveram cicatrização visível em tempo similar. Animais tratados com o decocto apresentaram uma redução significativa do crescimento bacteriano. Além disso, observou-se uma melhor cicatrização das feridas cirúrgicas dos animais tratados no grupo teste. Todas as estirpes bacterianas isoladas apresentaram halo de inibição para clorexidine e para Spondias mombin L. Portanto, o decocto das folhas da Spondias mombin L. apresentou eficácia antisséptica nas feridas cirúrgicas de gatos submetidos à orquiectomia e ovariosalpingohisterectomia.
Downloads
Referências
Castejon FV. Taninos e saponinas [dissertação]. Goiânia: Curso de Ciência Animal, Universidade Federal de Goiás; 2011.
Conceição ASMM, Souza Neto JL, Freire RF, Costa PPC. Infecção pós-cirúrgica em felino: relato de caso. Rev Bras Hig Sanid Anim. 2017;11(2):198-215.
Dias ECM, Trevisan DD, Nagai SC, Ramos NA, Silva EM. Uso de fitoterápicos e potenciais riscos de interações medicamentosas: reflexões para prática segura. Rev Baiana Saúde Pública. 2017;41(2):297-307. http://dx.doi. org/10.22278/2318-2660.2017.v41.n2.a2306.
França ISX, Souza JA, Baptista RS, Britto VRS. Medicina popular: benefícios e malefícios das plantas medicinais. Rev Bras Enferm. 2008;61(2):201-8. http://dx.doi.org/10.1590/ S0034-71672008000200009.
Kiani FA, Kachiwal AB, Shah MG, Khan MS, Lochi GM, Manan A, Ul Haq I, Khan FM. Histological characterization of wound healing of flank verses midline ovariohysterectomy in different age groups of cats. Journal of Clinical Pathology and Forensic Medicine. 2014;5(2):6-16. http://dx.doi. org/10.5897/JCPFM2013.0048.
Leonez CF, Feijo FMC, Alves ND, Santos CS, Rodrigues GSO, Fernandes FC, Matos TM. Efficacy of the decoction of cashew leaf (Spondias mombin L.) as a natural antiseptic in dairy goat matrices. Afr J Agric Res. 2018;13(13):644-9. http://dx.doi.org/10.5897/AJAR2017.12751.
MacFaddin JF. Biochemical test for identification of medical bacteria. 3rd ed. Baltimore: Awolters Kluwer; 2000.
Magalhães LS, Pussente CG, Azevedo LR, Crespo JMRS. Avaliação da atividade antibacteriana do extrato de Caesalpinia ferrea Martius e desenvolvimento de uma formulação fitocosmética. Rev Cient Faminas [Internet]. 2015 [cited 2019 Jun 3];11:27-43. Available from: http://www.faminas. edu.br/upload/downloads/20150617214048_59335.pdf
Martelli A, Andrade TAM, Santos GMT. Perspectivas na utilização de fitoterápicos na cicatrização tecidual: revisão sistemática. Archives of Health Investigation. 2018;7(8):34450. http://dx.doi.org/10.21270/archi.v7i8.3047.
Matias EF, Santos KKA, Almeida TS, Costa JGM, Coutinho HDM. Atividade antibacteriana In vitro de Croton campestris A., Ocimum gratissimum L. e Cordia verbenacea DC. Rev Bras Biocienc [Internet]. 2010 [cited 2019 Jun 2];8:294-8. Available from: http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/ rbb/article/view/1428.
National Committee for Clinical Laboratory Standards. NCCLS M2-A8: performance standards for antimicrobial disk susceptibility tests: approved standard. 8th ed. Wayne: NCCLS; 2003.
Sá PF Jr, Muniz EB, Pereira NA, Oliveira MAS. In vitro antimicrobial activity of aqueous extracts, hydroalcoholic and alcoholic species of Anacardiaceae family. Rev Ciênc Méd Biol [Internet]. 2016 [cited 2019 Jun 3];15:56-61. Available from: https://docs.ufpr.br/~pdalzoto/2016BIO009NOITE2EQ1.pdf.
Silva JG, Souza IA, Higino JS, Siqueira JP Junior, Pereira JV, Pereira MSV. Atividade antimicrobiana do extrato de Anacardium occidentale Linn.em amostras multiresistentes de Staphylococcus aureus. Rev. Bras. Farmacogn [Internet]. 2007 [cited 2019 Jun 3], 17(4):572-577. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102695X2007000400016&script=sci_abstract&tlng=pt.
Silva GA, Brito NJN, Santos ECG, Lópes JÁ, Almeida MG. Spondias genus: botanical aspects, chemical and pharmacological potential. Rev Biol Fram. 2014;10:1-16.
Soares EB, Gomes RLF, Carneiro JG, Nascimento FN, Silva ICV, Costa JCL. Caracterização física e química de frutos de cajazeira. Rev Bras Frutic. 2006;28(3):518-9. http://dx.doi. org/10.1590/S0100-29452006000300039.
Soares JA, Barros M, Gonçalez WP, Crisci AR, Jorge MHS. Avaliação da atividade cicatrizante da Caesalpinia férrea ex. TUL.var ferrea e da Aloe vera (L.) Burm. f. em lesões cutâneas totais em ratos. Perspect Online [Internet]. 2013 [cited 2019 Jun 3];3:33-42. Available from: http://www.seer. perspectivasonline.com.br/index.php/biologicas_e_saude.
Sousa IJO, Araújo S, Negreiros PS, França NRS, Rosa GS, Negreiros FS, Gonçalves RLG. A diversidade da flora brasileira no desenvolvimento de recursos de saúde. UNINGÁ Rev [Internet]. 2018 [cited 2019 Jun 2];31(1). Available from: http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/ view/2048.
Tortora GJ, Funke BR, Case CL. Microbiologia. 12a ed. Porto Alegre: Artmed; 2017.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons BY-NC-SA (resumo da licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 | texto completo da licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/legalcode). Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, desde que atribuam ao autor o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.
