Frequência do antígeno eritrocitário canino 1 e risco de transfusão incompatível em cães de diferentes raças e mestiços da cidade de Salvador-BA, Brasil

Autores

  • Suzana Cláudia Spínola dos Santos Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas, Salvador - BA, Brasiil http://orcid.org/0000-0001-5852-3689
  • Mariane Melo dos Santos Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Salvador - BA, Brasil http://orcid.org/0000-0003-3561-8938
  • Wellington Francisco Rodrigues Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde/Biologia Celular, Uberaba - MG, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3426-2186
  • Roberto Meyer Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Imunologia e Biologia Molecular, Salvador - BA, Brasil https://orcid.org/0000-0002-4727-4805
  • Maria de Fátima Dias Costa Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Laboratório de Neuroquímica e Biologia Celular, Salvador - BA, Brasil https://orcid.org/0000-0003-0916-2893

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2019.154865

Palavras-chave:

AEC 1, Tipagem sanguínea canina, Risco transfusional canino, Medicina transfusional veterinária

Resumo

O antígeno eritrocitário canino 1 (AEC 1) é o grupo sanguíneo mais imunogênico em cães, podendo as transfusões sanguíneas desencadearem alguns efeitos indesejáveis nos pacientes veterinários. Estes estão diretamente associados à transfusões incompatíveis. O presente trabalho teve como objetivo estudar a frequência do grupo sanguíneo AEC 1 em cães doadores de sangue de um banco de sangue de Salvador-BA, Brasil, e calcular o risco de administrar sangue incompatível tanto em uma primeira quanto em uma segunda transfusão. Foram avaliados 203 cães de diversas raças, de ambos os sexos, com idade entre 1 e 8 anos, peso a partir de 28 kg, sem nenhum grau de parentesco originários de Salvador – BA, Brasil, para pesquisa da frequência do tipo sanguíneo AEC 1, por meio de testes de imunocromatografia e citometria de fluxo para tipagem sanguínea. E calculado o risco de transfusão sanguínea incompatível tanto em uma primeira como em uma segunda transfusão. A frequência do grupo AEC 1 variou entre as raças estudadas de 0% a 100%, porém com uma positividade média de 62,07% (126/203). O menor risco de um animal AEC 1 negativo receber sangue AEC 1 positivo, dentro do grupo dos animais avaliados foi de 0,92% em uma primeira transfusão e o risco do mesmo animal receber sangue incompatível para o gruo AEC 1 na segunda transfusão foi de 0,008%. Quanto ao maior risco de um animal AEC 1 negativo receber sangue AEC 1 positivo destes animais foi de 69,12% e o risco do mesmo receber sangue incompatível para o AEC 1 foi de 47,77%.  A frequência do grupo AEC 1 variou entre as raças estudadas e o risco de transfusões incompatíveis variou de acordo com as raças doadoras e receptoras, mas esse risco pode ser anulado se sempre forem realizados os testes para tipagem sanguínea junto com a prova de reação cruzada para compatibilidade.

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Biografia do Autor

  • Suzana Cláudia Spínola dos Santos, Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas, Salvador - BA, Brasiil

    Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde, Programa de Pós-graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas, Salvador – BA, Brazil

    Doutoranda

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2019-10-25

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1.
Santos SCS dos, Santos MM dos, Rodrigues WF, Meyer R, Costa M de FD. Frequência do antígeno eritrocitário canino 1 e risco de transfusão incompatível em cães de diferentes raças e mestiços da cidade de Salvador-BA, Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 25º de outubro de 2019 [citado 2º de junho de 2024];56(3):e154865. Disponível em: https://journals.usp.br/bjvras/article/view/154865