Frequência do antígeno eritrocitário canino 1 e risco de transfusão incompatível em cães de diferentes raças e mestiços da cidade de Salvador-BA, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2019.154865Palavras-chave:
AEC 1, Tipagem sanguínea canina, Risco transfusional canino, Medicina transfusional veterináriaResumo
O antígeno eritrocitário canino 1 (AEC 1) é o grupo sanguíneo mais imunogênico em cães, podendo as transfusões sanguíneas desencadearem alguns efeitos indesejáveis nos pacientes veterinários. Estes estão diretamente associados à transfusões incompatíveis. O presente trabalho teve como objetivo estudar a frequência do grupo sanguíneo AEC 1 em cães doadores de sangue de um banco de sangue de Salvador-BA, Brasil, e calcular o risco de administrar sangue incompatível tanto em uma primeira quanto em uma segunda transfusão. Foram avaliados 203 cães de diversas raças, de ambos os sexos, com idade entre 1 e 8 anos, peso a partir de 28 kg, sem nenhum grau de parentesco originários de Salvador – BA, Brasil, para pesquisa da frequência do tipo sanguíneo AEC 1, por meio de testes de imunocromatografia e citometria de fluxo para tipagem sanguínea. E calculado o risco de transfusão sanguínea incompatível tanto em uma primeira como em uma segunda transfusão. A frequência do grupo AEC 1 variou entre as raças estudadas de 0% a 100%, porém com uma positividade média de 62,07% (126/203). O menor risco de um animal AEC 1 negativo receber sangue AEC 1 positivo, dentro do grupo dos animais avaliados foi de 0,92% em uma primeira transfusão e o risco do mesmo animal receber sangue incompatível para o gruo AEC 1 na segunda transfusão foi de 0,008%. Quanto ao maior risco de um animal AEC 1 negativo receber sangue AEC 1 positivo destes animais foi de 69,12% e o risco do mesmo receber sangue incompatível para o AEC 1 foi de 47,77%. A frequência do grupo AEC 1 variou entre as raças estudadas e o risco de transfusões incompatíveis variou de acordo com as raças doadoras e receptoras, mas esse risco pode ser anulado se sempre forem realizados os testes para tipagem sanguínea junto com a prova de reação cruzada para compatibilidade.
Downloads
Referências
Acierno MM, Raj K, Giger U. DEA 1 expression on dog erythrocytes analysed by immunochromatographic and flow cytometric techniques. J Vet Intern Med. 2014;28(2):592- 8. http://dx.doi.org/10.1111/jvim.12321. PMid:24611973.
Arango HG. Bioestatistica teórica e computacional. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. 423 p.
Carli E, Carminato A, Ravagnan S, Capello K, Antognoni MT, Miglio A, Furlanello T, Proverbio D, Spada E, Stefani A, Mutinelli F, Vascellari M. Frequency of DEA 1 antigen in 1037 mongrel and purebred dogs in Italy. BMC Vet Res. 2017;13:364. http://dx.doi.org/10.1186/s12917-017-1286-y. PMid:29187176.
Dhliwayo S, Makonese TA, Whittall B, Chikerema SM, Pfukenyi DM, Tivapasi MT. A study on the prevalence of dog erythrocyte antigen 1.1 and detection of canine Babesia by polymerase chain reaction from apparently healthy dogs in a selected rural community in Zimbabwe. J S Afr Vet Assoc. 2016;87(1):1-5. http://dx.doi.org/10.4102/jsava. v87i1.1409. PMid:27796108.
Ekiz EE, Arslan M, Ozcan M, Gultekin GI, Gulay OY, Kirmizibayrak T, Giger U. Frequency of dog erythrocyte antigen 1.1 in 4 breeds native to different areas in Turkey. Vet Clin Pathol. 2011;40(4):518-23. http://dx.doi.org/10.1111/ j.1939-165X.2011.00370.x. PMid:22136478.
Esteves VS, Lacerda LA, Lasta CS, Pedralli V, González FHD. Frequencies of DEA blood types in a purebreed canine blood donor population in Porto Alegre, R.S., Brazil. Pesq Vet Bras. 2011;31(2):178-81. http://dx.doi.org/10.1590/ S0100-736X2011000200015.
Ferreira RRF, Gopegui RR, Matos AJF. Frequency of dog erythrocyte antigen 1.1 expression in dogs from Portugal. Vet Clin Pathol. 2011;40(2):198-201. http://dx.doi.org/10.1111/j.1939-165X.2011.00311.x. PMid:21554361.
Giger U. Blood typing and crossmatching to ensure blood compatibility. In: Bonagura JD, Twedt DC, editors. Kirk’s current veterinary therapy XV. Philadelphia: Saunders; 2014. p. 143-8. Giger U, Stieger K, Palos H. Comparison of various canine blood-typing methods. Am J Vet Res. 2005;66(8):1386- 92. http://dx.doi.org/10.2460/ajvr.2005.66.1386. PMid:16173482.
Gracner D, Bedrica L, Potocnjak D, Sakar D, Samardzija M, Capak H, Gracner GG. Blood groups and haematology indicators in Croatian indigenous breeds of dog. II Dalmatian dog. Vet Arh [Internet]. 2011 [cited 2017 Jan 20];81(1):111-7. Available from: http://www.vef.unizg.hr/ vetarhiv/papers/2011-81-1-11.pdf
Hohenhaus AE. Importance of blood groups and blood group antibodies in companion animals. Transfus Med Rev. 2004;18(2):117-26. http://dx.doi.org/10.1016/j. tmrv.2003.12.003. PMid:15067591.
Iazbik MC, O’Donnell M, Marin L, Zaldivar S, Hudson D, Couto CG. Prevalence of dog erythrocyte antigens in retired racing greyhounds. Vet Clin Pathol. 2010;39(4):433- 5. http://dx.doi.org/10.1111/j.1939-165X.2010.00261.x. PMid:21198732.
Mesa-Sanchez I, Ruiz de Gopegui-Fernández R, GranadosMachuca MM, Galan-Rodriguez A. Prevalence of dog erythrocyte antigen 1.1 in galgos (Spanish greyhounds). Vet Rec. 2014;174:351. http://dx.doi.org/10.1136/vr.102087. PMid:24578316.
Milczak A, Abramowicz B, Madany J, Winiarczyk D, Wrzesniewska K, Bochynska D, Sahinduran S. Frequency of DEA 1.1 antigen in german shepherds. Scientific Messenger of Lviv National University of Veterinary Medicine and Biotechnologies. 2016;18(3):221-4. http:// dx.doi.org/10.15421/nvlvet7151.
Novais AA, Santana AE, Vincentin LA. Prevalência do grupo sanguíneo DEA 1 (subgrupos 1.1 e 1.2) em cães (canis familiaris, Linaeus, 1758) criados no Brasil. Braz J Vet Res Anim Sci.. 1999;36(1):23-7. http://dx.doi.org/10.1590/ S1413-95961999000100004.
Riond B, Schuler E, Rogg E, Hofmann-Lehmann R, Lutz H. Prevalence of dog erythrocyte antigen 1.1 in dogs in Switzerland evaluated with the gel columm technique. Schweiz Arch Tierheilkd. 2011;153(8):369-74. http://dx.doi. org/10.1024/0036-7281/a000223. PMid:21780065.
Santos SCS, Moroz LR, Santos MM, Santos AS, Trindade SC, Meyer R, Costa MFD. Detection of canine anti-DEA 1 antibodies using flow cytometry in dogs following DEA 1-positive blood transfusion. Braz J Vet Res Anim Sci. 2018;55(1):1-7. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1678-4456. bjvras.2018.122274.
Souza SL, Stopiglia AJ, Gomes SGR, Ulata SK, Moroz LR, Fantoni DT. Estudo da frequência dos antígenos eritrocitários caninos 1, 1.1 e 7 e risco de transfusão incompatível em cães de diferentes raças e mestiços da região metropolitana da cidade de São Paulo-SP, Brasil. Braz J Vet Res Anim Sci. 2014;51(4):316-23. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1678- 4456.v51i4p316-323.
Spada E, Proverbio D, Flórez LMV, Chamizo MRP, Perego R, De Giorgi GB, Baggiani L. Prevalence of dog erythrocyte antigens 1, 4 and 7 in galgos (Spanish Greyhounds). J Vet Diagn Invest. 2015;27(4):558-61. http://dx.doi. org/10.1177/1040638715592025. PMid:26179093.
Spada E, Proverbio D, Flórez LMV, Serna BSG, Chamizo MRP, Baggiani L, Perego R. Prevalence of dog erythrocyte antigens 1, 4 and 7 in Podenco Ibicenco (Ibizan Hounds) from Ibiza Island. Vet Med Int. 2016;2016:1048257. http:// dx.doi.org/10.1155/2016/1048257. PMid:27034890.
Tocci LJ, Ewing PJ. Increasing patient safety in veterinary transfusion medicine: an overview of pre transfusion testing. J Vet Emerg Crit Care. 2009;19(1):66-73. http://dx.doi. org/10.1111/j.1476-4431.2009.00387.x. PMid:19691586.
Zubcic D, Bedrica L, Gracner D, Harapin I, Fury M, Jeremic J. Blood groups, haematology and clinicolchemical indicators in indigenous breeds of dog. I. Croatian sheepdog. Vet Arh [Internet]. 2008 [cited 2015 Feb 18];78(2):141-7. Available from: http://www.vef.unizg.hr/vetarhiv/papers/2011-81-1-11.pdf
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons BY-NC-SA (resumo da licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 | texto completo da licença: https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/legalcode). Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, desde que atribuam ao autor o devido crédito e que licenciem as novas criações sob termos idênticos.