Toxoplasma gondii, Neospora caninum e Leishmania amazonensis em cães domésticos da Amazônia Ocidental Brasileira

Autores

  • Sérgio de Almeida Basano Faculdade São Lucas
  • Paulo Tarso Faculdade São Lucas
  • Herbert Sousa Soares Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Andrea Pereira Costa Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Arlei Marcili Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Marcelo Bahia Labruna Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Ricardo Augusto Dias Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Luís Marcelo Aranha Camargo Instituto de Ciências Biomédicas, Departamento de Parasitologia
  • Solange Maria Gennari Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2016.103903

Palavras-chave:

Toxoplasma gondii, Neospora caninum, Leishmania spp., Amazonas, Cães

Resumo

Amostras de sangue de 99 cães domiciliados foram coletadas no meio urbano (n = 33) e rural (n = 66) do município de Lábrea, estado do Amazonas, Brasil. Dentre as amostras rurais, 40 foram obtidas em comunidades ribeirinhas e 26 em comunidades indígenas, ambas ao longo do rio Purus. Durante a amostragem foi aplicado um questionário com informações sobre sexo, idade, viver em áreas secas ou alagadiças, acesso ou não às ruas (cães urbanos) e acesso à floresta. A presença de anticorpos contra Toxoplasma gondii, Neospora caninum, Leishmania infantum chagasi e Leishmania amazonensis foi detectada pela reação de imunofluorescência indireta (RIFI) com ponto de corte de, respectivamente, 16, 50, 40 e 40. Associação entre as variáveis qualitativas e a positividade para cada um dos parasitos foi avaliada pelo teste do χ2 (p < 0,05). A ocorrência de animais com anticorpos contra T. gondii, N. caninum e L. amazonensis foi de, respectivamente, 61,6%; 7,1% e 8,1%. Nenhuma amostra foi positiva para L. infantum chagasi. A variável viver em área urbana (p=0,041) apresentou associação com ocorrência de T. gondii e o número de cães positivos a T. gondii aumentou com a idade (p = 0,0006). A variável sexo (machos) apresentou associação com N. caninum (p = 0,018) e nenhuma variável apresentou associação com L. amazonensis. Os títulos de anticorpos contra T. gondii variaram de 64 a 32.768; contra N. caninum de 100 a 800 e contra L. amazonensis de 40 a 640. T. gondii e L. amazonensis são dois agentes de importantes zoonoses e encontram-se ativos na região. O município estudado, especialmente as comunidades ribeirinhas, possuem peculiaridades geográficas, sociais e ecológicas distintas e necessitam maior atenção das autoridades para o controle desses agentes.

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Publicado

2016-12-23

Edição

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Como Citar

1.
Basano S de A, Tarso P, Soares HS, Costa AP, Marcili A, Labruna MB, et al. Toxoplasma gondii, Neospora caninum e Leishmania amazonensis em cães domésticos da Amazônia Ocidental Brasileira. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 23º de dezembro de 2016 [citado 26º de junho de 2024];53(4):1-9. Disponível em: https://journals.usp.br/bjvras/article/view/103903