Fatores de risco para a infecção de Toxoplasma gondii em ovinos da região nordeste do Brasil

Autores

  • Huber Rizzo Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Medicina Veterinária
  • Natália Carrillo Gaeta Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Médica http://orcid.org/0000-0001-6397-605X
  • João Henrique Costa HORA Independent veterinarian
  • Jeferson da Silva Carvalho Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Medicina Veterinária
  • José Wilton Pinheiro Júnior Universidade Federal Rural de Pernambuco, Departamento de Medicina Veterinária
  • Solange Maria Gennari Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
  • Hilda Fátima de Jesus Pena Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
  • Eliana Monteforte Cassaro Villalobos Instituto Biológico, Secretaria da Agricultura e Abastecimento, Laboratório de Raiva e Encefalites
  • Lilian Gregory Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Clínica Médica

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2017.117795

Palavras-chave:

Aborto, Oocisto, Criação de ovinos, Parasitologia, Toxoplasmose

Resumo

Toxoplasma gondii e um parasita cuja infecção leva a desordens reprodutivas como aborto, mumificação fetal, nascimento de cordeiros fracos e natimortos, provocando perdas econômicas na produção ovina. A região nordeste do Brasil possui aproximadamente 171 milhões de pequenos ruminantes, dos quais 5,4% são ovinos. Este estudo tem como objetivo determinar a ocorrência de T. gondii nos rebanhos ovinos de 60 propriedades de 19 municípios de três mesorregiões (leste, semiárido e sertão) do estado de Sergipe, Brasil, e os fatores de risco associados a essa infecção. Amostras de soro foram coletadas entre 2011 e 2012, em 60 propriedades localizadas em 19 municípios das três mesorregiões: 680 na região leste, 280 no semiárido e 240 no sertão, totalizando 1.200 amostras (990 fêmeas e 210 machos). Anticorpos anti-T.gondii foram detectados por reação de imunofluorescência indireta (RIF ≥ 64). A maior ocorrência foi detectada na região leste (45,3%, p = 0.001). Em propriedades com produção de subsistência, o risco de animais infectados por T. gondii e aproximadamente duas vezes maior que nas de cria/recria/engorda (OR = 3.03/ IC: 1.97-4.68). A ausência de cuidados sanitários, como ausência de esterqueira (p = 0.000/ OR: 1.60; CI: 1.26-2.03); quarentena (p = 0.000/ OR: 1.87; CI: 1.45-2.41) e desinfecção (p = 0.003/ OR: 1.46; CI: 1.13-1.88) foram significantes. Em relação a alimentação, o risco de infecção aumenta 1.74 e 1.37 em locais que utilizam cocho ou com presença de gatos, respectivamente. Este estudo permite concluir que o T. gondii e encontrado em propriedades das mesorregiões do estado de Sergipe e fatores ambientais e de manejo estão influenciando nas infecções em ovinos.

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Publicado

2017-08-18

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Como Citar

1.
Rizzo H, Gaeta NC, HORA JHC, Carvalho J da S, Pinheiro Júnior JW, Gennari SM, et al. Fatores de risco para a infecção de Toxoplasma gondii em ovinos da região nordeste do Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 18º de agosto de 2017 [citado 18º de maio de 2024];54(2):139-46. Disponível em: https://journals.usp.br/bjvras/article/view/117795