Circulation and salt intrusion in the Piaçaguera Channel, Santos (SP)

Autores

  • Luiz Bruner de Miranda Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico
  • Eugenio Dalle Olle Universidade de São Paulo; Instituto Oceanográfico
  • Alessandro Luvizon Bérgamo Universidade Federal do Pará
  • Lourval dos Santos Silva Faculdade de Tecnologia Rubens Lara
  • Fernando Pinheiro Andutta James Cook University; School of Engineering and Physical Sciences

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1679-87592012000100002

Palavras-chave:

Propriedades termohalinas, Circulação, Perfis teóricos-observacionais, Transporte de sal, Estratificação

Resumo

A análise de dados termohalinos e correntes medidos em uma estação fixa no Canal de Piaçaguera (Estuário de Santos) no inverno foi feita em termos de condições cíclicas da maré (quadratura e sizígia) e quase-estacionária, com o objetivo de caracterizar a estratificação da massa de água estuarina, sua circulação e transporte de sal forçados pela modulação quinzenal da maré. Foram utilizados métodos clássicos de análise de dados observacionais horários e quase sinóticos e de simulações analíticas de perfis estacionários de salinidade e do componente longitudinal da velocidade. Durante o ciclo de maré de quadratura as velocidades de enchente (v<0) e vazante (v>0) variaram de -0.20 m/s a 0.30 m/s, associadas à pequena variação de salinidade entre a superfície e o fundo (26.4 psu a 30.7 psu). No ciclo de sizígia a velocidade aumentou de -0.40 m/s a 0.45 m/s, mas a estratificação de salinidade permaneceu praticamente a mesma. Os perfis estacionários teóricos de salinidade e de velocidade apresentaram boa concordância (Skill próximo a 1,0) quando comparados aos perfis observacionais. Durante a modulação quinzenal da maré não houve alteração na classificação do canal estuarino (tipo 2a-parcialmente misturado e fracamente estratificado), pois a taxa de aumento da energia potencial não foi suficiente para ocasionar a erosão da haloclina. Esses resultados, associados à alta estabilidade vertical (RiL >20) e ao número de Richardson estuarino (1,6), permitem as seguintes conclusões: i) o mecanismo que forçou a circulação e os processos de mistura foi principalmente o balanço da descarga fluvial com a maré, associado ao componente baroclínico da força de gradiente de pressão; ii) não houve variações nas principais características termohalinas e da circulação devido à modulação quinzenal da maré; e iii) os perfis quase estacionários de salinidade e da velocidade foram adequadamente simulados com um modelo analítico clássico.

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Publicado

2012-01-01

Edição

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Como Citar

Circulation and salt intrusion in the Piaçaguera Channel, Santos (SP). (2012). Brazilian Journal of Oceanography, 60(1), 11-23. https://doi.org/10.1590/S1679-87592012000100002