Do saber ao gesto jardineiro no jardim histórico
DOI:
https://doi.org/10.11606/1982-02672025v33e12Palavras-chave:
Arte, Conservação, Gesto, Jardim, Jardinagem, SaberResumo
No contexto dos jardins, o jardineiro é peça crucial. Enquanto em outros gêneros artísticos a intervenção exigida pode ser pontual, no jardim, sobretudo o jardim histórico, é necessária uma mediação constante do jardineiro em conjunto com a natureza para sua conservação. Nessa permanência do jardineiro, saberes são construídos e valores são agregados a esse jardim. Dessa maneira, objetivou-se interpretar o gesto jardineiro no jardim histórico a partir dos saberes desenvolvidos por ele na interação com o jardim. Ao cruzar estudiosos do jardim e da filosofia como Clément e Merleau-Ponty, tais saberes foram identificados a fim de caracterizar a dimensão desse gesto criador e conservador do jardineiro, necessário para a continuidade do jardim no tempo como obra aberta.
Downloads
Referências
ABRAHÃO, Fernanda Birolli. Pode a foto capturar o gesto? ARS, São Paulo, v. 17, n. 36, p. 289-01, 2019. DOI: 10.11606/issn.2178-0447.ars.2019.158798.
ASSUNTO, Rosario. Il giardinaggio come operazione filosofica. In: CUCINO, Mariapia; LUCIANI, Domenico. (Org.) Paradisi Ritrovati. Milão: Guerini e Associati, 1991. p. 7-12.
AZEVEDO, Alda; ONO, Fernando. Ludwig Riedel, o primeiro diretor de jardins da capital do império do Brasil. Arquitextos, [s. l.], ano 18, fev. 2018. Disponível em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/18.213/6897. Acesso em: 18 nov. 2024.
BERJMAN, Sonia. El paisaje y el patrimonio. In: SEMINARIO INTERNACIONAL LOS JARDINES HISTÓRICOS: APROXIMACIÓN MULTIDISCIPLINARIA. 2001. Buenos Aires. Anais […]. Buenos Aires, Icomos, p. 1-11, 2001.
BRANDI, Cesare. Teoria da restauração. Cotia: Ateliê Editorial, 2004.
CARTA DE JUIZ DE FORA. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Edições do Patrimônio. Rio de Janeiro: Iphan, 2010.
CARTA DE FLORENÇA. In: CURY, Isabelle (Org.). Cartas patrimoniais. Rio de Janeiro: Edições do Patrimônio, 2000.
CATALANO, Mario. Botanica storica. In: Jardins et sites historiques. Madri: Ediciones Doce Calles, Icomos/Unesco, 1993. p. 245-248.
CÊPA, Rita Maria da Graça Duque Nunes. O gesto do corpo/O corpo do gesto. 2018.. 117 f. Dissertação (Mestrado em Pintura) - Universidade de Lisboa, Lisboa. 2018. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/1045. Acesso em: 7 nov. 2024.
CAUQUELIN, Anne. Petit traité du jardin ordinaire. Paris: Rivages, 2003.
CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia? São Paulo: Brasiliense, 2008.
CLÉMENT, Gilles. A sabedoria do jardineiro. Tradução de Rúbia Moreira, 2017. 61 p. (Título original: La sagesse du jardinier. Trabalho não publicado).
COOPER, David Edward. A Philosophy of Gardens. Oxford: Oxford University Press, 2006.
CORREIO DA MANHÃ. A conservação do Atêrro. 2º Caderno, p. 2. Rio de Janeiro, 15 abr. 1964.
DANTAS, Hugo Stefano Monteiro; PESSOA DE MELO, Jessica Larissa; SÁ CARNEIRO, Ana Rita. Retórica da natureza no jardim ordinário. Oculum Ensaios, [s. l.], v. 20, p. 1-21, 2023. DOI: 10.24220/2318-0919v20e2023a5360.
DELPHIM, Carlos Fernando Moura. Intervenção em jardins históricos: manual. Brasília, DF: IPHAN, 2005.
FARIAS, Maria Sinara; BRITO, Larissa Ludmila Monteiro de Souza; SANTOS, Aliniana da Silva;
GUEDES, Maria Vilaní Cavalcante; SILVA, Lúcia de Fátima da; CHAVES, Edna Maria Camelo. Reflexões sobre o saber, saber-fazer e saber-estar na formação de enfermeiros. Reme – Revista Mineira de Enfermagem, Belo Horizonte, v. 23, e-1207, 2019. DOI: 10.5935/1415-2762.20190055.
FEITOSA JÚNIOR, Wilson de Barros. O jardineiro como artífice na conservação do jardim histórico. 2021. 149 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) - Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.
FLUSSER, Vilém. Gestos. São Paulo: Annablume, 2014.
FRETWELL, Kate. Digging in history. In: NATIONAL TRUST. Rooted in history. Studies in garden conservation. Roma: G. Canale, 2006. p. 63-84. Disponível em: https://shre.ink/DXQq. Acesso em: 31 maio 2024.
GALARD, Jean. A beleza do gesto: uma estética das condutas. Tradução Mary Amazonas Leite de Barros. São Paulo: Edusp, 1997.
GONZÁLEZ-VARAS, Ignácio. Conservación de bienes culturales. Teoría, historia, principios y normas. Madri: Ediciones Cátedra, 2008.
GUIMARÃES, César Geraldo; SANTOS, Flávio Henrique de Oliveira; FENATI, Maria Carolina (Org.). Jardins do Sagrado: cultivando insabas que curam. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2023.
IPHAN - INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Ata da 23ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. 1957.
JORNAL DO BRASIL. Burle Marx pede ação contra mau jardineiro para preservar flores. 1º Caderno, pág. 15. Rio de Janeiro, 6 jun. 1969.
KRAUSE, Gustavo Bernardo. Os gestos de Flusser. In: FLUSSER, Vilém. Gestos. São Paulo: Annablume, 2014. p. 7-12.
MALECKI, Bill. Conservation in action. In: NATIONAL TRUST. Rooted in history. Studies in garden conservation. Roma: G. Canale, 2006. Disponível em: https://shre.ink/DXQq. Acesso em: 31 maio 2024. p. 41-62.
MARX, Roberto Burle. Depoimento. In: XAVIER, Alberto (Org.). Depoimento de uma geração: arquitetura moderna brasileira. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 297-304.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MOREIRA, Rúbia Ricceli Pira Santana. Olhar jardineiro: um passeio pelo jardim, uma imersão na paisagem. 2018. 121 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) - Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.
NATIONAL TRUST. Rooted in history. Studies in garden conservation. Italia: G. Canale & C.s.p.A., 2006. Disponível em: https://shre.ink/DXQq. Acesso em: 31 maio 2024.
NÓBREGA, Terezinha, 2008. Corpo, percepção e conhecimento em Merleau-Ponty. Estudos de Psicologia 13(2), p. 141-148, 2008. Disponível em: https://tinyurl.com/4ynnbjz3. Acesso em: 20 jun. 2024.
O DIARIO NOVO. Vende-se um bom escravo… Avisos diversos, p. 4. Recife, 15 mar. 1848.
PORGE, Erik. O inapanhável objeto do savoir-faire na análise: The elusory object of know-how in analysis. Estudos de Psicanálise, [s. l.], n. 40. p. 49-62, 2013. Disponível em: https://tinyurl.com/m9d4bsep. Acesso em: 7 de jun. 2024.
REKER, Marina. 2022. A Filosofia do Jardim em Rosario Assunto. 2022. 280 f. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universidade de Lisboa, Lisboa, 2022. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/handle/10451/54550. Acesso em: 7 jun. 2024.
SALES, John. Learning by experience. In: NATIONAL TRUST. Rooted in history. Studies in garden conservation. Roma: G. Canale, 2006. p. 21-40. Disponível em: https://shre.ink/DXQq. Acesso em: 31 maio 2024.
SALLES, Cecília Almeida. Gesto inacabado: processo de criação artística. São Paulo: Annablume, 2009.
SENNET, Richard. El artesano. Barcelona: Editorial Anagrama, 2008.
SERRÃO, Adriana, 2021. Da essência do jardim. In: BESSA, Altamiro. (Org.). A unidade múltipla: ensaios sobre a paisagem. Belo Horizonte: Escola de Arquitetura da UFMG, 2021.
TITO ROJO, José; CASARES PORCEL, Manuel. Especificidad y dificultades de la restauración en jardinería. PH Boletín, [s. l.], n. 27, p. 138–145, 2005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Wilson de Barros Feitosa Júnior, Ana Rita Sá Carneiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).