Análise funcional e prognóstico de marcha no paciente amputado de extremidade inferior

Autores

  • Therezinha Rosane Chamlian Universidade Federal de São Paulo
  • Miriam Weintraub Universidade Federal de São Paulo
  • Juliana Mantovani de Resende Universidade Federal de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5935/0104-7795.20130033

Palavras-chave:

Amputação, Extremidade Inferior, Marcha, Reabilitação

Resumo

A amputação da extremidade inferior pode afetar a condição física, psíquica e social de um indivíduo. A reabilitação pré e pós protetização é importante para melhorar a funcionalidade e habilidade de deambulação. Os pacientes devem ser avaliados de forma precisa e para isso existem instrumentos específicos como a Amputee Mobility Predictor (AMP), que é uma escala de fácil aplicação cuja função seria predizer o prognóstico funcional dos pacientes. Objetivo: Avaliar o valor preditivo dos resultados da escala AMP em pacientes submetidos à amputação unilateral da extremidade inferior, que realizaram o tratamento de reabilitação no Lar Escola São Francisco - Centro de Reabilitação entre 2007 e 2010. Método: Foi realizado um estudo longitudinal prospectivo, com a aplicação da AMP em 73 pacientes com amputação unilateral transtibial ou transfemoral antes do programa de reabilitação. Vinte e dois pacientes foram reavaliados após receberem alta da reabilitação. Os dados encontrados foram tabulados e submetidos à análise estatística; nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05. Resultados: Houve aumento significativo da pontuação da avaliação inicial e da avaliação final da AMP, tanto no grupo transtibial como no grupo transfemoral. Não houve diferença entre os grupos quanto ao intervalo entre a amputação e o início do tratamento, nem ao tempo de reabilitação. Encontrou-se correlação entre o aumento da idade dos pacientes com menor pontuação da AMP ao final da reabilitação. Conclusão: A escala AMP não foi preditiva em relação à funcionalidade e ao prognóstico de marcha dos pacientes amputados unilateralmente da extremidade inferior que realizaram a reabilitação no Lar Escola São Francisco - Centro de Reabilitação entre 2007 e 2010.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Kauzlarić N, Kauzlarić KS, Kolundzić R. Prosthetic rehabilitation of persons with lower limb amputations due to tumour. Eur J Cancer Care (Engl). 2007;16(3):238-43.

Sansam K, Neumann V, O'Connor R, Bhakta B. Predicting walking ability following lower limb amputation: a systematic review of the literature. J Rehabil Med. 2009;41(8):593-603.

Global Lower Extremity Amputation Study Group. Epidemiology of lower extremity amputation in centres in Europe, North America and East Asia. The Global Lower Extremity Amputation Study Group. Br J Surg. 2000;87(3):328-37.

Adams PF, Marano MA. Current estimates from the National Health Interview Survey, 1994. Hyattsville: National Center for Health Statistics; 1995.

Spichler ER, Spichler D, Lessa I, Costa e Forti A, Franco LJ, LaPorte RE. Capture-recapture method to estimate lower extremity amputation rates in Rio de Janeiro, Brazil. Rev Panam Salud Publica. 2001;10(5):334-40.

Geertzen JH, Bosmans JC, van der Schans CP, Dijkstra PU. Claimed walking distance of lower limb amputees. Disabil Rehabil. 2005;27(3):101-4.

Schoppen T, Boonstra A, Groothoff JW, de Vries J, Göeken LN, Eisma WH. Physical, mental, and social predictors of functional outcome in unilateral lower-limb amputees. Arch Phys Med Rehabil. 2003;84(6):803-11.

Pohjolainen T, Alaranta H. Predictive factors of functional ability after lower-limb amputation. Ann Chir Gynaecol. 1991;80(1):36-9.

de Laat FA, Rommers GM, Geertzen JH, Roorda LD. Construct validity and test-retest reliability of the questionnaire rising and sitting down in lower-limb amputees. Arch Phys Med Rehabil. 2011;92(8):1305-10.

Chamlian TR. Tratado de medicina de reabilitaçao. Sao Paulo: Roca; 2007.

Esquenazi A. Amputation rehabilitation and prosthetic restoration. From surgery to community reintegration. Disabil Rehabil. 2004;26(14-15):831-6.

Marzen-Groller KD, Tremblay SM, Kaszuba J, Girodo V, Swavely D, Moyer B, et al. Testing the effectiveness of the Amputee Mobility Protocol: a pilot study. J Vasc Nurs. 2008;26(3):74-81.

Esquenazi A, Meier RH 3rd. Rehabilitation in limb deficiency. 4. Limb amputation. Arch Phys Med Rehabil. 1996;77(3 Suppl):S18-28.

Carvalho JA. Níveis de amputaçao. In: Carvalho JA. Amputaçao de membros inferiores: em busca da plena reabilitaçao. Sao Paulo: Manole; 2002. p. 21-44.

Goldberg T. Postoperative management of lower extremity amputations. Phys Med Rehabil Clin N Am. 2006;17(1):173-80.

Granville R, Menetrez J. Rehabilitation of the lower-extremity war-injured at the center for the intrepid. Foot Ankle Clin. 2010;15(1):187-99.

Chamlian TR, Melo ACO. Avaliaçao funcional em pacientes amputados de membros inferiores. Acta Fisiatr. 2008;15(1):49-58.

Ryall NH, Eyres SB, Neumann VC, Bhakta BB, Tennant A. The SIGAM mobility grades: a new population-specific measure for lower limb amputees. Disabil Rehabil. 2003;25(15):833-44.

Gailey RS, Roach KE, Applegate EB, Cho B, Cunniffe B, Licht S, et al. The amputee mobility predictor: an instrument to assess determinants of the lower-limb amputee's ability to ambulate. Arch Phys Med Rehabil. 2002;83(5):613-27.

Davies B, Datta D. Mobility outcome following unilateral lower limb amputation. Prosthet Orthot Int. 2003;27(3):186-90.

Viejo MAG, Vinuesa FJP, Martin CR. Función y uso de la prótesis por los amputados femorales frente a los amputados tibiales. Rehabilitación 1998;32:163-70.

Tang PC, Ravji K, Key JJ, Mahler DB, Blume PA, Sumpio B. Let them walk! Current prosthesis options for leg and foot amputees. J Am Coll Surg. 2008;206(3):548-60.

Nelson VS, Flood KM, Bryant PR, Huang ME, Pasquina PF, Roberts TL. Limb deficiency and prosthetic management. 1. Decision making in prosthetic prescription and management. Arch Phys Med Rehabil. 2006;87(3 Suppl 1):S3-9.

Miller WC, Deathe AB. A prospective study examining balance confidence among individuals with lower limb amputation. Disabil Rehabil. 2004;26(14-15):875-81.

Singh R, Hunter J, Philip A, Tyson S. Gender differences in amputation outcome. Disabil Rehabil.2008;30(2):122-5.

Downloads

Publicado

2013-12-09

Edição

Seção

Artigo Original

Como Citar

1.
Chamlian TR, Weintraub M, Resende JM de. Análise funcional e prognóstico de marcha no paciente amputado de extremidade inferior. Acta Fisiátr. [Internet]. 9º de dezembro de 2013 [citado 19º de junho de 2024];20(4):200-6. Disponível em: https://journals.usp.br/actafisiatrica/article/view/103811