“A Woman Who is Dead”: Tragédia, transgressão e religiosidade em Salome de Oscar Wilde

Autores

  • Ana Carolina Vilalta Caetano Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2595-8127.v24i2p13-30

Palavras-chave:

Oscar Wilde, Transgressão, Erotismo, Religião, Feminilidade

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a peça Salomé (1891) de Oscar Wilde sob a ótica da teoria de transgressão e erotismo de Georges Bataille, e da noção de eros presente na Lírica Grega Arcaica. Salomé se passa no palácio de Herodes Antipas durante a noite de um banquete, acompanhando a corte e a família real durante a transformação do evento em tragédia. O Tetrarca tem Jokanaan, profeta anunciando o retorno do Messias, preso em uma cisterna, e sua enteada, Salomé, fascinada pela voz e pelos altos sermões, convence os guardas a deixá-la vê-lo. Ela imediatamente se apaixona, mas Jokanaan não retribui seus avanços, fazendo com que, ao final, ela manipule o Tetrarca e cometa um crime em tentativa de uni-los. Para explicar a maneira como Wilde utiliza a religião como pano de fundo para a transcendência através do físico, então, Salomé é analisada como uma personagem que supera seu papel trágico, sendo associada à feminilidade abjeta, conceito cunhado pela psicanalista Julia Kristeva.

Biografia do Autor

  • Ana Carolina Vilalta Caetano, Universidade de São Paulo

    Ana Carolina Vilalta Caetano is an undergraduate student of Languages and Literature at University of São Paulo, Brazil. Her bachelor dissertation, titled “The Religiousness of the Flesh”, analyzes the eroticism, transgression, and modernist themes present in Oscar Wilde’s Salome (1891).

Referências

Bataille, Georges. Death and Sensuality: A Study of Eroticism and Taboo. New York, Walker and Company, 1962.

Berger, John. Ways of Seeing. England, Penguin Books, 1972.

Calame, Claude. Eros na Grécia Antiga. Translated by Isa Etel Kopelman. São Paulo, Perspectiva, 2013.

Carson, Anne. Eros the Bittersweet. New Jersey, Princeton University Press, 2014.

Chevalier, Jean. Gheerbrant, Alain. Dicionário de Símbolos. Translated by Vera da Costa e Silva, Raul de Sá Barbosa, Angela Melim, Lucia Melim. Rio de Janeiro, José Olímpio, 1982.

Dierkes-Thrun, Petra. Salome’s Modernity: Oscar Wilde and the Aesthetics of Transgression. The University of Michigan Press, 2011.

Evangelista, Stefano. “The Greek Life of Oscar Wilde”. In: British Aestheticism and Ancient Greece, 2009.

Foucault, Michel. Language, Counter-Memory and Practice: Selected Essays and Interviews, Cornell University Press, 1977.

Galery, Maria Clara V. “A Dança Invisível: Olhar, Desejo e Transgressão em Salomé, de Oscar Wilde”. In: Scripta Uniandrade, Curitiba, vol. 13, no. 2, 2015.

Galvão, Walnice N. “Romantismo das trevas”. In: Teresa, Universidade de São Paulo, no. 12-13, 2013.

Kristeva, Julia. Powers of Horror: An Essay on Abjection. Translated by Leon S. Roudiez. New York, Columbia University Press, 1982.

MacKendrick, Karmen. “Sharing God’s Wounds: Laceration, Communication, and Stigmata”. In: The Obsessions of Georges Bataille: Community and Communication, New York, Sunny Press, 2009.

Maier, Sarah E. “Symbolist Salomés and the Dance of Dionysus”. In: Nineteenth Century Contexts: An Interdisciplinary Journal, Routledge, 2006.

Nogueira, Ana Claudia P. D. “O erotismo e o desejo na obra Salomé, de Oscar Wilde”. In: Entrepalavras, Fortaleza, vol. 5, no. sp, 2015.

“Song of Songs”. Available at: /biblia.com/bible/gs-netbible/song-of-solomon-4-1--5-1>. Visited October 2022.

Wilde, Oscar. Salomé. In: The Importance of Being Earnest and Other Plays. New York, Signet Classic, 1985.

—. Salomé. Available at:

Downloads

Publicado

2022-04-15

Como Citar

Caetano, A. C. V. (2022). “A Woman Who is Dead”: Tragédia, transgressão e religiosidade em Salome de Oscar Wilde. ABEI Journal, 24(2), 13-30. https://doi.org/10.11606/issn.2595-8127.v24i2p13-30