Deixe as Estrelas Comporem Sílabas Xul e o Neo-Crioulo

Autores

  • Jorge Schwartz University of São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.37389/abei.v22i1.3858

Palavras-chave:

Xul Solar, Alejandro Schulz Solari, Jorge Luis Borges, Neocriolo, Vanguardas Latinoamericana

Resumo

Este artigo analisa o neo-crioulo, um idioma latino-americano utópico, em meio à vanguarda histórica das décadas de 1920 e 1930, embora Xul Solar (1887-1963) tenha sido fiel a seu projeto até seus últimos dias. O neo-crioulo é uma língua vinculativa, basicamente uma mistura do espanhol e do português, pensada em termos de uma utopia da confraternização latino-americana. Ideologicamente, faz fronteira com o esperanto. Essa produção linguística está relacionada ao perfil cosmopolita de Buenos Aires, uma cidade multilíngue com um enorme fluxo de imigrantes na primeira metade do século XX. Seus dois grandes interlocutores com essa linguagem inventada foram sua esposa Lita Cadenas e Jorge Luis Borges, que escreveu várias conferências sobre o pintor. Ademais, o artigo menciona o permanente caráter inventivo do artista: o sistema duodecimal em vez do decimal (1961 = 1775), a influência da Cabala em suas pinturas (as “pan trees’) e um impulso em direçãoa à mudança permanente, nunca definitiva, fruto permanente de um desejo de correção e perfeição.

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Publicado

2021-02-20

Como Citar

Schwartz, J. (2021). Deixe as Estrelas Comporem Sílabas Xul e o Neo-Crioulo. ABEI Journal, 22(1), 199-223. https://doi.org/10.37389/abei.v22i1.3858