Investimentos em C&T e desigualdades socioespaciais no Brasil

Autores

  • Ana Cláudia Moser Universidade Regional de Blumenau. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional
  • Ivo Marcos Theis Universidade Regional de Blumenau. Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702014000200011

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar as relações entre os investimentos em Ciência e Tecnologia (C&T) e as desigualdades socioespaciais no Brasil no período recente. Parte-se do pressuposto de que o desenvolvimento brasileiro continua assentado em uma dinâmica socioeconomicamente excludente. Logo, a hipótese é de que o desenvolvimento científico e tecnológico pode estar contribuindo para um aumento nas desigualdades no território, favorecido por investimentos em C&T mais expressivos nas unidades da federação e regiões do país onde as forças produtivas estão mais desenvolvidas. Para verificar essa hipótese analisam-se a evolução dos investimentos em C&T (com especial atenção para os sujeitos e as instituições que produzem e consomem C&T) e o desenvolvimento socioespacial ocorrido no Brasil na última década.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Brandão, Carlos. (2010), “Acumulação primitiva permanente e desenvolvimento capitalista no Brasil contemporâneo”. In: Almeida, Alfredo Wagner Bernardo de et al. Capitalismo globalizado e recursos territoriais: fronteiras da acumulação no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro, Lamparina, pp. 39-69.

Brasil. (2012), “Indicadores”. Brasília, Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação. Disponível em http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/29140.html, consultado em 28/3/2012.

Chesnais, François. (1983), “Uma análise da seleção das inovações no quadro do sistema capitalista: elementos para um estudo completo”. In: ______ et al. (orgs.). Ciência, tecnologia e desenvolvimento. Brasília, cnpq.

Dagnino, Renato. (2003), “Innovación y desarrollo social: un desafío para América Latina”. In: ______ & Thomas, Hernán (orgs.). Ciência, tecnologia e sociedade: uma reflexão latino-americana. Taubaté, Cabral, pp. 139-190.

______ (org.). (2010), Tecnologia social: ferramenta para construir outra sociedade. Campinas, Komedi.

______ & Thomas, Hernán. (1999), “Insumos para o planejamento de C&T alternativo”. Planejamento e Políticas Públicas, 20: 89-128, dez.

Dias, Rafael de Brito & Dagnino, Renato. (2007), “A política científica e tecnológica brasileira: três enfoques teóricos, três projetos políticos”. Revista de Economia, Curitiba, 33 (2): 91-113.

Diniz, Clélio Campolina. (1995), A dinâmica regional recente da economia brasileira e suas perspectivas. Brasília, Ipea.

Furtado, Celso. (1992), A construção interrompida. São Paulo, Paz e Terra.

Harvey, David. (2004), Espaços de esperança. São Paulo, Loyola.

______. (2005), A produção capitalista do espaço. São Paulo, Annablume.

Herrera, Amilcar. (2003), “Novo enfoque do desenvolvimento e o papel da ciência e tecnologia”. In: Dagnino, Renato & Thomas, Hernán (orgs.). Ciência, tecnologia e sociedade: uma reflexão latino-americana. Taubaté, Cabral, pp. 139-190.

ibge. (2002), “Resolução n. 5, de 10 de outubro de 2002”. Rio de Janeiro, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/resolucao.shtm, consultado em 12/7/2011.

______. (2007), “Contagem da população 2007”. Rio de Janeiro, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/contagem.pdf, consultado em 12/7/2011.

______. (2008), “Pesquisa de inovação tecnológica – Pintec”. Disponível em http://www.pintec.ibge.gov.br, consultado em 28/3/2012.

______. (2010), “Censo 2010: população do Brasil é de 190.732.694 pessoas”. Rio de Janeiro, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1766&id_pagina=1, consultado em 12/7/2011.

Löwy, Michael. (1998), “A teoria do desenvolvimento desigual e combinado”. Outubro, 1: 73-80.

Oliveira, Francisco de. (2006), Crítica à razão dualista/O ornitorrinco. São Paulo, Boitempo.

Prado Junior, Caio. (1970), História econômica do Brasil. São Paulo, Brasiliense.

Sagasti, Francisco R. (1986), Tecnologia, planejamento e desenvolvimento autônomo. São Paulo, Perspectiva.

Santos, Milton & Silveira, Maria Laura. (2001), O Brasil: território e sociedade no início do século xxi. Rio de Janeiro/São Paulo, Record.

Schwartzman, Simon. (1979), Formação da comunidade científica no Brasil. São Paulo/Rio de Janeiro, Nacional/Financiadora de Estudos e Projetos.

Smith, Neil. (1988), Desenvolvimento desigual: natureza, capital e a produção de espaço. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil.

Theis, Ivo M. (2009), “Ciência & Tecnologia e desenvolvimento geográfico desigual no Brasil”. redes, 14 (1): 62-81, jan./abr.

______. (2011), “Tecnologia e território na periferia do capitalismo mundializado: tentativa de desconstrução da visão hegemônica de C&T no Brasil”. Revista Geográfica de América Latina. Número especial egal 47E, Costa Rica, pp. 1-17. Disponível em http://www.revistas.una.ac.cr/index.php/geografica/article/view/2724.

______ & Butzke, Luciana. (2012), “O paradoxo da geografia no capitalismo mundializado: revisitando a lei do desenvolvimento desigual e combinado”. In: Galvão, Andreia et al. (orgs.). Capitalismo: crises e resistências. São Paulo, Outras Expressões, pp. 83-110.

Downloads

Publicado

2014-12-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Moser, A. C., & Theis, I. M. (2014). Investimentos em C&T e desigualdades socioespaciais no Brasil . Tempo Social, 26(2), 187-207. https://doi.org/10.1590/S0103-20702014000200011