Metrópole e cultura: o novo modernismo paulista em meados do século
DOI:
https://doi.org/10.1590/ts.v9i2.86689Palavras-chave:
Cultura, São Paulo, Novo modernismo, Anos 50Resumo
O artigo se propõe analisar a cultura na cidade de São Paulo, em meados do século, enfatizando o caráter singular das linguagens no período. A particularidade resulta da presença de um tecido cultural plural, no qual os próprios intelectuais e artistas viam-se como introdutores de profundas rupturas em relação ao legado do modernismo do anos 20. Sem se constituir em experiência pura exclusiva, germinou na cidade de São Paulo uma perspectiva essencial que se poderia denominar de novo modernismo, respaldado numa substância cultural heterogênea e múltipla, atrelado a uma realidade interligada ao movimento exterior. A cultura paulistana, nesse período, identifica-se com as concepções de progresso, da possibilidade de formação de um futuro civilizado e internacionalmente articulado, nos mais diversos campos da expressão: nas ciências sociais, nas artes plásticas, na poesia, na arquitetura, no teatro, no cinema, na mídia.
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