A passibilidade no gesto de pintar
DOI:
https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2024.218346Palavras-chave:
Passibilidade, Pintura, Experiência, IntrospeçãoResumo
O conceito de experiência, conforme sugerido pelo pragmatismo, obriga a pensar a atividade conjuntamente com a passibilidade. O objetivo do artigo é fundamentar a centralidade desta última na criação artística e pensar sob que modalidades ela é vivida pelos pintores no gesto pictórico. A partir de uma pesquisa etnográfica efetuada numa instituição de apoio social e psiquiátrico onde decorre um ateliê de pintura com o fito de capacitar os seus utentes, concluímos que a passibilidade (i) pode voltar-se para o exterior durante o processo pictórico, ou (ii) para o interior, dando azo a um momento introspectivo que serve como mote para pintar. Demonstramos, assim, que passibilidade e atividade se encontram intrinsecamente acopladas na pintura.
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