Trocas intergeracionais e construção de fronteiras sociais na França

Autores

  • Monique de Saint-Martin Global Alliance in Management Education. École des hautes études en sciences sociales
  • Daniella de Castro Rocha Global Alliance in Management Education. Université d'Evry
  • Mariana Heredia Global Alliance in Management Education. Universidade de Buenos Aires. Escuela Interdisciplinaria de Altos Estudios Sociales

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702008000100007

Palavras-chave:

Classes sociais, Fronteira social, Instabilidade das posições, Hierarquias sociais, Trocas geracionais, França

Resumo

Na sociedade francesa contemporânea, as antigas desigualdades perduram e novas desigualdades se manifestam, particularmente com a desestabilização crescente das posições sociais e profissionais ocupadas. A noção de fronteira revela-se, assim, essencial: as fronteiras delimitam os contornos das categorias sociais, mas abrem também espaços de troca e de encontro. Buscando apreender os processos de construção e/ou de fragilização das fronteiras sociais, uma pesquisa qualitativa foi realizada junto a famílias (pais e jovens) de diferentes grupos sociais, com interesse pela construção simbólica e percepção das fronteiras entre as diferentes classes sociais, e também sua construção no interior das mesmas. As classes sociais continuam a constituir o fundamento de fronteiras "subjetivas". No entanto, o caráter fluido e complexo das experiências sociais exige dos atores mais trabalho de coerência e de adaptação.

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Publicado

2008-01-01

Edição

Seção

Dossiê - Sociologia da Educação

Como Citar

Saint-Martin, M. de, Rocha, D. de C., & Heredia, M. (2008). Trocas intergeracionais e construção de fronteiras sociais na França . Tempo Social, 20(1), 135-162. https://doi.org/10.1590/S0103-20702008000100007