Os circuitos dos jovens urbanos
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-20702005000200008Palavras-chave:
Circuitos de jovens, Cultura juvenil, Metrópole, Etnografia urbanaResumo
Este artigo apresenta os resultados de um trabalho sobre o tema dos jovens e suas práticas culturais e de lazer, redes de sociabilidade e relações de troca (e também de conflito) no contexto urbano da cidade de São Paulo. Após a apresentação e a discussão dos termos "tribos urbanas" e "cultura juvenil", proponho outra denominação, "circuitos de jovens", para a abordagem do tema. Em vez da ênfase na condição de "jovens", que supostamente remete a diversidade de manifestações a um denominador comum, a idéia é privilegiar sua inserção na paisagem urbana por meio da etnografia dos espaços por onde eles circulam e onde se encontram, e das ocasiões de conflito e dos parceiros com quem estabelecem relações de troca. Com isso, busca-se articular dois elementos presentes nessa dinâmica: os comportamentos e os espaços, instituições e equipamentos urbanos. O que se pretende é chamar a atenção (1) para a sociabilidade, e não tanto para pautas de consumo e estilos de expressão ligados à questão geracional, e (2) para as permanências e as regularidades, em vez da fragmentação e do nomadismo.
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