Quase crítica: insuficiências da sociologia da modernização reflexiva

Autores

  • Sérgio Costa Universidade Livre de Berlim

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702004000200004

Palavras-chave:

Modernização reflexiva, Cosmopolitização, Anthony Giddens, Ulrich Beck

Resumo

Recebida nos anos de 1990 como importante renovação das ciências sociais, a sociologia da modernização reflexiva, desenvolvida principalmente por A. Giddens e U. Beck, mostra já hoje sinais evidentes de esgotamento. Do ponto de vista teórico, tal abordagem não escapa ao evolucionismo contido na primeira sociologia da modernização: se nesta última eram as instituições e as estruturas sociais das sociedades do Atlântico Norte que representavam um ponto de chegada da história a ser alcançado por todas as demais sociedades, a teoria da modernização reflexiva estabelece a subjetividade reflexiva como referência de sua teleologia. Por outro lado, a concepção de uma "terceira via", além da esquerda e da direita, encontra-se assente numa visão idealizada da política, inserindo essa esfera acima dos interesses e das relações de poder. Revela-se, dessa forma, desprovida de qualquer recurso analítico capaz de favorecer a compreensão crítica dos desenvolvimentos recentes na política mundial.

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Publicado

2004-11-01

Edição

Seção

Debates

Como Citar

Costa, S. (2004). Quase crítica: insuficiências da sociologia da modernização reflexiva . Tempo Social, 16(2), 73-100. https://doi.org/10.1590/S0103-20702004000200004