Radicalismos, violências e integração política na Turquia
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0103-20702001000100006Palavras-chave:
Turquia, política, cultura, violênciaResumo
Este artigo analisa os principais obstáculos a serem enfrentados para a integração política na Turquia. Mostra que o radicalismo e a violência originam-se em três fontes: a oposição curdo-turca; a oposição alevita-sunita e o avanço do islamismo político, com sua recusa de abandonar a referência religiosa. Contribuíram para a atual fragmentação política as contradições da doutrina kemalista, na qual ainda se assenta a legitimidade do Estado turco; os sucessivos golpes militares de Estado, que obrigam a constantes realinhamentos das formações partidárias; e a militarização de vastas regiões da Turquia em resposta às sucessivas ondas curdas e alevitas de contestação violenta, conduzindo à autonomização dos grupos armados que tendem a perpetuar a contestação e a repressão violentas. Diante desse quadro, o futuro da Turquia depende, por um lado, da integração social das identificações e convicções (curdas, alevitas e islamitas) pelo reconhecimento das culturas regionais e, por outro lado, da adoção do princípio de não-politização das convicções religiosas e do abandono do conservadorismo social por oposição à ocidentalidade.
Downloads
Referências
BOZARSIAN, Hamit. (1996) Boire la coupe jusqu’à la lie. Le Parti de la Prospérité en Turquie. Les travaux du Centre Marc Bloch, (8): 5-46.
BOZARSIAN, Hamit. (1997) Chaos ou mutations sociales: Notes sur la crise turque des années 70. Cultures et Conflits, (25): 79-98.
ÖZDEMIR, Veli. (1997) Susurluk Belgeleri. 2 vols. Istambul, Scala.
PARLA, T. (1989) Turkiye’de Anaysalar. Istambul, Iletisim.
PEHLIVAN, Battal. (1993) Alevilik ve Diyanet. Istambul, Pencere.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Tempo Social
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.