Os que conhecem, conhecem bem: teoria do ponto de vista e arqueologia de gênero
DOI:
https://doi.org/10.11606/51678-31662017000100002Palavras-chave:
Arqueologia de gênero. Objetividade. Teoria do ponto de vista. Filosofia feminista da ciência. Construtivismo socialResumo
Neste artigo, argumento que – ao expor o androcentrismo do sistema referencial de suposições consideradas como óbvias e levantando a questão da confi abilidade de normas entrincheiradas de justifi cação – a arqueologia de gênero é mais bem entendida como uma forma de construtivismo social relutante. Ela expõe inadvertidamente a contingência de compromissos fundacionais, do conteúdo e da prática, que se presumiu serem neutros com respeito aos interesses situados dos praticantes, contextualmente independentes e trans-historicamente estáveis. Mas longe de minar fatalmente a objetividade do empreendimento, argumento que essas implicações mais radicais da arqueologia de gênero ilustram o valor da análise construtivista social como um recurso epistêmico. Deve-se atentar para o papel epistêmico positivo que ela pode ter como catálise para os tipos de crítica transformadora que são essenciais para o bom funcionamento da ciência. Argumento que um compromisso com a análise construtivista em curso deveria ser um componente central das concepções procedimentais da objetividade que levam a sério a necessidade de mobilizar ao invés de marginalizar os diversos recursos epistêmicos dos conhecedores situadosDownloads
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2017-06-14
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Artigos
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Os que conhecem, conhecem bem: teoria do ponto de vista e arqueologia de gênero. (2017). Scientiae Studia, 15(1), 13-38. https://doi.org/10.11606/51678-31662017000100002