O controle da natureza e as origens da dicotomia entre fato e valor
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-31662006000300006Palavras-chave:
Dicotomia fato^i1^sva, Controle da natureza, Ciência moderna, Francis Bacon, Galileu Galilei, René Descartes, Blaise Pascal, David HumeResumo
Meu objetivo será refletir sobre uma distinção que é fundamental para a origem de um aspecto central das práticas científicas atuais. Essas práticas, que costumamos chamar de práticas da ciência moderna, representam o desenvolvimento, a complexificação e a especialização (estas últimas já previstas por Bacon na utopia Nova Atlântida) de uma prática, de um modo particular de tratar das questões naturais, que surgiu e se consolidou nos séculos XVI e XVII. A articulação dessa prática depende da distinção entre fato e valor, elaborada na primeira metade do século XVII nos trabalhos de Francis Bacon, Galileu Galilei, René Descartes e Blaise Pascal. Como mostrarei, a distinção entre fato e valor está na raiz da concepção moderna de domínio (controle) da natureza, concepção que acabou sendo tomada, no desenvolvimento posterior, como um valor central que direciona o conhecimento científico e o desenvolvimento técnico/tecnológico.Downloads
Publicado
2006-09-01
Edição
Seção
Artigos
Licença
A revista detém os direitos autorais de todos os textos nela publicados. Os autores estão autorizados a republicar seus textos mediante menção da publicação anterior na revista.Como Citar
O controle da natureza e as origens da dicotomia entre fato e valor . (2006). Scientiae Studia, 4(3), 453-472. https://doi.org/10.1590/S1678-31662006000300006