Imaginações geográficas e a descentralização da figura humana nas paisagens do cinema contemporâneo

Autores

  • Bruno Mesquita Malta de Alencar Universidade Federal de Pernambuco
  • Cesar de Siqueira Castanha Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2024.221016

Palavras-chave:

cinema contemporâneo, geografia, figura humana

Resumo

Este artigo busca reconhecer, nas paisagens audiovisuais encenadas pelo cinema contemporâneo, formas de desestabilização do espaço geográfico e descentralização da figura humana. O foco desta pesquisa são os filmes Meek’s cutoff (O atalho, 2010), de Kelly Reichardt, Jauja (2014), de Lisandro Alonso, e Il buco (Das profundezas, 2021), de Michelangelo Frammartino, representativos de uma reiteração paisagística que atravessa o cinema contemporâneo. A partir dos filmes analisados, trabalhamos o conceito de “imaginações geográficas”, de Ângela Prysthon. Em seguida, tratamos do conceito de figura por meio de teóricos da imagem e averiguamos como as maneiras de abordar essa figuração podem levar a uma descentralização do humano na relação com o espaço.

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Biografia do Autor

  • Bruno Mesquita Malta de Alencar, Universidade Federal de Pernambuco

    Doutorando em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco.

  • Cesar de Siqueira Castanha, Universidade Federal de Pernambuco

    Doutor em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco. 

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Publicado

08/09/2024

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Alencar, B. M. M. de, & Castanha, C. de S. (2024). Imaginações geográficas e a descentralização da figura humana nas paisagens do cinema contemporâneo. Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 51, 1-20. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2024.221016