O território e as implicações da violência urbana no processo de trabalho dos agentes comunitários de saúde em uma unidade básica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0104-12902019170543

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde, Violência Urbana, Agentes Comunitários de Saúde, Território, Vínculos

Resumo

No contexto da atenção primária à saúde, a violência urbana é um desafio que tem impactado diretamente o setor por conta da localização geográfica dos equipamentos de saúde em áreas de vulnerabilidade e da maior interação dos trabalhadores com situações que colocam em perigo, implícita ou explicitamente, sua segurança. O artigo discute as implicações desse fenômeno no trabalho e na construção dos vínculos estabelecidos entre os agentes comunitários de saúde (ACS) com a população em um território. Foi utilizada a metodologia qualitativa e o referencial teórico das representações sociais para compreender como a execução das políticas de saúde se concretiza no cotidiano à luz das interações, dos conflitos e das decisões que permeiam os contatos com o público na produção do serviço. Como resultado, destacamos que a violência e as representações em torno desta interferem na produção de estratégias de promoção e prevenção e na produção dos vínculos, tornando os canais de negociações mais restritos. É fundamental que o processo de trabalho das equipes de saúde esteja fortalecido com discussões e articulação em rede na minimização dos riscos individuais sobre seus trabalhadores e como possibilidade de efetivação dos pressupostos da integralidade do cuidado e redução das iniquidades.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Publicado

2019-07-25

Edição

Seção

Artigos de pesquisa original

Como Citar

Almeida, J. de, Peres, M. F., & Lima, T. F. (2019). O território e as implicações da violência urbana no processo de trabalho dos agentes comunitários de saúde em uma unidade básica. Saúde E Sociedade, 28(1), 207-221. https://doi.org/10.1590/S0104-12902019170543