Lutar por saúde é lutar por reforma agrária: estudo sobre práticas de saúde no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

Autores/as

  • Bianca Rückert Fundação Oswaldo Cruz; Instituto René Rachou; Grupo de pesquisa em Políticas Públicas e Direitos Humanos em Saúde e Saneamento
  • Antônia Vitória Soares Aranha Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Educação

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0104-12902018170158

Palabras clave:

Atividade, Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde, Promoção da Saúde, Saúde da População Rural

Resumen

Este estudo de natureza qualitativa investigou práticas de saúde em assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, na região do Vale do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil. Buscou-se identificar práticas condizentes com o ideal de saúde do MST, o debate de normas e valores e possíveis renormalizações, contando com o aporte teórico da saúde coletiva e da ergologia. As atividades investigadas foram: agricultura ecológica, trabalho docente que envolvia ações de saúde e ambiente e cuidado. Os resultados evidenciaram valores relacionados à luta pela reforma agrária e pela transformação da sociedade, à valorização das técnicas e dos saberes populares e à promoção da autonomia dos trabalhadores rurais. Percebeu-se, em alguma medida, a incorporação do projeto/herança da saúde do MST, que se mostrou mais efetiva, à medida que atinge os coletivos, evidenciando que a instauração de novas normas de saúde passa pela organização política dos assentamentos e acampamentos de reforma agrária.

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Publicado

2018-01-01

Número

Sección

Original research articles

Cómo citar

Rückert, B., & Aranha, A. V. S. (2018). Lutar por saúde é lutar por reforma agrária: estudo sobre práticas de saúde no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Saúde E Sociedade, 27(1), 116-127. https://doi.org/10.1590/s0104-12902018170158