Beckett, pedagogo do ator: práticas de esgotamento
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v16i2p5-23Palavras-chave:
Beckett, Pedagogias do ator, Subjetividade, Modos de subjetivação, Corpo.Resumo
Os textos de Samuel Beckett convidam o ator a descobrir lugares insuspeitados do ser. Eles podem ser vistos como mapas que indicam modos de ser/fazer ou, dizendo de outra maneira, modos de subjetivação que “bagunçam” nossas ideias/práticas mais imediatas de indivíduo, sujeito, personalidade, e, portanto, de ator/atuação e de formação de atores. O que está em jogo são novas relações entre textualidade, oralidade, corporeidade e subjetivação. Nesse sentido, Beckett pode ser visto com um pedagogo (ainda que muito sui generis) do ator. Seus textos podem ser pensados como pedagógicos, já que ensinam/convocam a uma atuação “outra”: múltipla, desmembrada, falhada, apagada, extremamente autoconsciente e que, ao mesmo tempo, acha “alegre ainda não ter estabelecido com o menor grau de precisão o que é”. Uma das perguntas centrais dessa pedagogia beckettiana poderia ser: como formar o ator sem produzir uma reificação individualista? Como formá-lo promovendo – e/ou a partir de – novos modos de subjetivação?
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