Os usuários frente aos alimentos geneticamente modificados e a informação na etiqueta

Autores

  • Miren Itxaso Sebastian-Ponce Universidad de Alicante; Departamento de Enfermería Comunitaria, Medicina Preventiva y Salud Pública e Historia de la Ciencia
  • Javier Sanz-Valero Universidad Miguel Hernández.; Departamento de Salud Pública, Historia de la Ciencia y Ginecología
  • Carmina Wanden-Berghe Hospital General Universitario

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048004914

Resumo

OBJETIVO : Analisar a opinião dos usuários sobre os alimentos geneticamente modificados e a informação apresentada na etiqueta. MÉTODOS : Foi realizada revisão sistemática da literatura científica sobre os alimentos transgênicos e a informação que eles apresentam na etiqueta a partir da consulta das bases de dados bibliográficos: Medline (via Pubmed), EMBASE, ISI-Web of Knowledge, Cochrane Library Plus, FSTA, LILACS, CINAHL e AGRICOLA. Os descritores selecionados foram: “organisms, genetically modified” e “food labeling”. A busca foi realizada desde a primeira data disponível até junho de 2012, selecionando os artigos pertinentes escritos em inglês, português e espanhol. RESULTADOS : Foram selecionados 40 artigos. Em todos eles, foi feita uma intervenção populacional focada no conhecimento dos consumidores sobre os alimentos geneticamente modificados e a sua necessidade, ou não, de incluir informação na etiqueta. O consumidor expressa a sua preferência pelo produto não- geneticamente modificado, e menciona estar disposto a pagar um pouco a mais por ele, porém, acaba comprando o artigo que esta mais em conta em um mercado que acolhe as novas tecnologias. Em 18 artigos a população mostrou-se favorável ao uso obrigatório da etiqueta e em seis deles, ao uso voluntario da mesma; sete trabalhos demonstraram o pouco conhecimento que a população tem sobre os transgênicos e, em três, a população subestimou a quantidade que consumia desses produtos. Contudo, foi observada a influencia do preço do produto geneticamente modificado. CONCLUSÕES : A etiqueta deve ser homogênea e esclarecer o grau de tolerância para os humanos dos alimentos geneticamente modificados em comparação com os não modificados. Também, deve especificar, ou não, a sua composição e a forma de produção de tais artigos de consumo. A etiqueta também deve ir acompanhada de um carimbo de certificação de uma agência do estado e dados para contato. O consumidor expressa a sua preferência pelo produto não- geneticamente modificado e menciona que no final compra o artigo que esta mais em conta em um mercado que acolhe as novas tecnologias.

Publicado

2014-02-01

Edição

Seção

Revisões

Como Citar

Sebastian-Ponce, M. I., Sanz-Valero, J., & Wanden-Berghe, C. (2014). Os usuários frente aos alimentos geneticamente modificados e a informação na etiqueta . Revista De Saúde Pública, 48(1), 154-169. https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2014048004914