Gastos publicos com medicamentos para o tratamento da osteoporose na pos-menopausa

Autores

  • Cristina Mariano Ruas Brandao Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmacia; Departamento de Farmacia Social
  • Felipe Ferre Universidade Federal de Minas Gerais; Instituto de Ciencias Biologicas
  • Gustavo Pinto da Matta Machado Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Clinica Medica
  • Augusto Afonso Guerra Junior Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmacia; Departamento de Farmacia Social
  • Eli Iola Gurgel Andrade Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social e Preventiva
  • Mariangela Leal Cherchiglia Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social e Preventiva
  • Francisco de Assis Acurcio Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Social e Preventiva

DOI:

https://doi.org/10.1590/rsp.v47i2.76643

Resumo

OBJETIVO: Analisar os gastos com medicamentos para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa e os fatores associados ao gasto médio per capita . MÉTODOS: Pareamento probabilístico-determinístico a partir das bases das Autorizações de Procedimentos de Alta Complexidade com o Sistema de Informação sobre Mortalidade, resultando em coorte histórica de pacientes que utilizaram medicamentos de alto custo para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa de 2000 a 2006. O gasto médio mensal com medicamentos foi estratificado por faixas etárias e descrito de acordo com as características demográficas, clínicas e tipo de medicamento utilizado. Foi utilizado modelo de regressão linear para avaliar o impacto de características demográficas e clínicas sobre o gasto médio mensal per capita com os medicamentos. RESULTADOS: Foram identificadas 72.265 mulheres que receberam medicamentos para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa. O gasto médio mensal per capita no primeiro ano de tratamento foi de R$ 90,00 (dp R$ 144,49). A maioria das mulheres tinha de 60 a 69 anos de idade, iniciaram tratamento em 2000, eram residentes na região Sudeste, tinham fraturas osteoporóticas prévias e o alendronato de sódio foi o medicamento mais utilizado no início do tratamento. A maioria das pacientes permaneceu em uso do mesmo princípio ativo durante o tratamento. Foram identificados 6.429 óbitos entre as participantes. Mais de um terço das mulheres permaneceram no programa por até 12 meses. Raloxifeno e calcitonina sintética foram as alternativas com maior impacto sobre o gasto médio mensal com medicamentos, tendo como padrão de referência o alendronato de sódio. CONCLUSÕES: Dado o alto impacto do tipo de medicamento utilizado no gasto com medicação, recomenda-se estabelecer critérios para prescrição e dispensação, com prioridade para aqueles com menores custos e maior efetividade. Isso pode otimizar o processo de assistência farmacêutica e a provisão de maior número de unidades farmacêuticas à população.

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Publicado

2013-06-01

Edição

Seção

Prática de Saúde Pública

Como Citar

Brandao, C. M. R., Ferre, F., Machado, G. P. da M., Guerra Junior, A. A., Andrade, E. I. G., Cherchiglia, M. L., & Acurcio, F. de A. (2013). Gastos publicos com medicamentos para o tratamento da osteoporose na pos-menopausa. Revista De Saúde Pública, 47(2), 390-402. https://doi.org/10.1590/rsp.v47i2.76643