Conhecimento de profissionais da atenção primária em saúde mental: diagnóstico pelo mhGAP
DOI:
https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2023057005272Palavras-chave:
Saúde Mental, Atenção Primária à Saúde, Capacitação de Recursos Humanos em SaúdeResumo
OBJETIVO: Analisar o conhecimento sobre temas prioritários do cuidado em saúde mental de atores estratégicos que atuam em regiões que executam a metodologia da Planificação da Atenção à Saúde. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, transversal, observacional, realizado com profissionais de seis regiões de saúde, distribuídas em três estados brasileiros (Goiás, Rondônia e Maranhão), vinculadas ao projeto PROADI-SUS “Saúde mental na APS”. A amostra foi composta por profissionais que participaram da etapa de formação de multiplicadores do manual de intervenções para transtornos mentais, neurológicos e por uso de álcool e outras drogas na rede de atenção básica à saúde, no período de julho a setembro de 2022. A coleta de dados foi realizada a partir de um instrumento autoaplicável, em formato eletrônico, composto por um bloco com itens socioeconômicos e um questionário estruturado para avaliação do conhecimento dos participantes acerca de temas prioritários em saúde mental. Para análise dos dados, foram empreendidas análises descritivas e comparação de proporções. RESULTADOS: Participaram do estudo, 354 profissionais de saúde. Em relação ao percentual de acerto no questionário sobre temas prioritários em saúde mental as medianas mais altas foram identificadas no módulo de “Depressão”. Em contrapartida, o conteúdo referente aos módulos “Cuidados e práticas essenciais” e “Outras queixas importantes” apresentaram os valores mais baixos. Além disso, identificou-se que algumas características dos participantes apresentaram associações com o percentual de acertos nos módulos do questionário. CONCLUSÃO: Os achados revelam oportunidades de melhoria, principalmente, no conhecimento relacionado às habilidades de comunicação e a abordagem ao sofrimento emocional e físico sem critérios diagnósticos para uma doença específica, oferecendo subsídios para o planejamento de ações que visem a intensificação do olhar à estas temáticas durante as etapas operacionais da Planificação da Atenção à Saúde.
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