Anos de vida perdidos por DCNT atribuídos aos riscos ocupacionais no Brasil: estudo GBD 2016

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2020054001257

Palavras-chave:

DALY, Fatores de Risco Ocupacionais, Brasil, Saúde do Trabalhador

Resumo

OBJETIVO: Avaliar anos de vida perdidos por morte prematura e por incapacidade (disability-adjusted life years – DALY) em decorrência de doenças crônicas não transmissíveis atribuíveis a fatores de risco ocupacionais e comparar a posição desses fatores no ranking dos riscos para doenças crônicas não transmissíveis em 1990 e 2016. MÉTODOS: Os dados referentes ao indicador DALY, estimado no estudo de Carga Global de Doenças de 2016 (GBD 2016), foram analisados para doenças crônicas não transmissíveis atribuíveis a fatores de risco ocupacionais e outros selecionados no Brasil. Realizou-se análise descritiva comparando a proporção de DALY por sexo e faixa etária (15 a 49 e 50 a 69 anos), além do ranqueamento de atribuição dos fatores de risco ocupacionais em 1990 e 2016. RESULTADOS: Em 2016, fatores de risco ergonômicos, agentes carcinogênicos e ruído no ambiente laboral estiveram entre os 25 que mais contribuíram para os DALY por doenças crônicas não transmissíveis na faixa etária de 15 a 49 anos. A contribuição de todos fatores de risco ocupacionais aumentou em 2016, exceto os aerodispersoides ocupacionais para os homens. Para a faixa etária de 50 a 69 anos, sobressaem os agentes carcinogênicos ocupacionais, com aumento de 26.0% para homens e 17.1% para mulheres em 2016. Comparando o ranqueamento de 1990 e 2016 dos fatores de risco avaliados, os ocupacionais ascenderam de posição, com destaque em relação aos demais. CONCLUSÕES: A carga global de doenças crônicas não transmissíveis atribuídas aos fatores de risco ocupacionais têm adquirido importância crescente. Sugere-se reforçar a abordagem dos fatores de risco ocupacionais nas agendas para enfrentamento dessas doenças no Brasil.

Publicado

2020-03-16

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Assunção, A. Ávila, & França, E. B. (2020). Anos de vida perdidos por DCNT atribuídos aos riscos ocupacionais no Brasil: estudo GBD 2016. Revista De Saúde Pública, 54, 28. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2020054001257