O médico diante da morte no pronto socorro

Autores

  • Janaína de Souza Aredes Instituto René Rachou. Fundação Oswaldo Cruz. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
  • Karla Cristina Giacomin Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
  • Josélia Oliveira Araújo Firmo Instituto René Rachou. Fundação Oswaldo Cruz. Núcleo de Estudos em Saúde Pública e Envelhecimento

DOI:

https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000296

Palavras-chave:

Médicos, psicologia. Atitude Frente à Morte, etnologia. Medicina de Emergência. Antropologia Médica. Pesquisa Qualitativa.

Resumo

OBJETIVO: Analisar a forma como médicos, enquanto parte de um grupo sociocultural, lidam com diferentes tipos de morte, em um serviço de pronto socorro metropolitano. MÉTODOS: Trata-se de uma etnografia realizada em um dos maiores serviços de pronto socorro da América Latina. A coleta dos dados deu-se ao longo de nove meses de observação participante e entrevistas com 43 médicos de diferentes especialidades – 25 homens e 18 mulheres, entre 28 e 69 anos. RESULTADOS: À análise, guiada pelo modelo dos Signos, Significados e Ações, nota-se um vasto mosaico de situações e questões que medeiam o cuidado médico em uma unidade de pronto socorro. Os resultados apontaram que os médicos podem considerar uma morte mais difícil se comparada a outras, a depender de critérios: o etário; a identificação ou não com o paciente; as circunstâncias da morte e o questionamento médico quanto a sua responsabilidade no processo de morte. CONCLUSÕES: Para os médicos, nenhuma morte é fácil. Cada morte pode ser mais ou menos difícil, a depender de diferentes critérios que medeiam o cuidado médico em uma unidade de pronto socorro e revelam questões de ordem social, ética e moral das mais diversas.

Publicado

2018-04-05

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Aredes, J. de S., Giacomin, K. C., & Firmo, J. O. A. (2018). O médico diante da morte no pronto socorro. Revista De Saúde Pública, 52, 42. https://doi.org/10.11606/S1518-8787.2018052000296