Sobrevida e risco de óbito de pacientes após tratamento de câncer de próstata no SUS

Autores

  • Sonia Faria Mendes Braga Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Mirian Carvalho de Souza Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva; Divisão de Epidemiologia Clínica
  • Raphael Romie de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina
  • Eli Iola Gurgel Andrade Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social
  • Francisco de Assis Acurcio Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Farmácia; Departamento de Farmácia Social
  • Mariangela Leal Cherchiglia Universidade Federal de Minas Gerais; Faculdade de Medicina; Departamento de Medicina Preventiva e Social

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006766

Palavras-chave:

Neoplasias da Próstata, Mortalidade, Fatores de Risco, Sobrevida, Saúde do Homem, Sistema Único de Saúde

Resumo

OBJETIVO Analisar a probabilidade de sobrevida específica e os fatores associados ao risco de óbito dos pacientes com câncer de próstata, que receberam tratamento oncológico ambulatorial no SUS, Brasil. MÉTODOS Estudo de coorte retrospectivo utilizando a Base Nacional em Oncologia, desenvolvida por meio de pareamento determinístico-probabilístico dos sistemas de informação de saúde: ambulatorial (SIA), hospitalar (SIH) e de mortalidade (SIM). A probabilidade de sobrevida global e específica foi estimada pelo tempo decorrido entre a data do primeiro tratamento ambulatorial, entre 2002 e 2003, até o óbito dos pacientes ou fim do estudo. O modelo de regressão de riscos competitivos de Fine e Gray foi ajustado segundo as variáveis: idade ao diagnóstico, região de residência, estadiamento clínico do tumor, tipo de tratamento oncológico ambulatorial e internação na avaliação dos fatores associados ao risco de óbito dos pacientes. RESULTADOS Dos 16.280 pacientes estudados, a idade média foi de 70 anos, cerca de 25% foi a óbito devido ao câncer de próstata e 20% por outras causas. A probabilidade de sobrevida global foi de 0,50 (IC95% 0,49–0,52) e a específica 0,70 (IC95% 0,69–0,71) . Os fatores associados ao risco de óbito dos pacientes foram: estádio III (HR = 1,66; IC95% 1,39–1,99) e estágio IV (HR = 3,49; IC95% 2,91–4,18), tratamento quimioterápico (HR = 2,34; IC95% 1,76–3,11) e internação (HR = 1,6; IC95% 1,55–1,79). CONCLUSÕES O diagnóstico tardio do tumor, tratamentos não curativos e pior condição clínica foram fatores relacionados à pior sobrevida e ao maior risco de óbito dos pacientes com câncer próstata no Brasil.

Publicado

2017-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Braga, S. F. M., Souza, M. C. de, Oliveira, R. R. de, Andrade, E. I. G., Acurcio, F. de A., & Cherchiglia, M. L. (2017). Sobrevida e risco de óbito de pacientes após tratamento de câncer de próstata no SUS. Revista De Saúde Pública, 51, 46. https://doi.org/10.1590/s1518-8787.2017051006766