Hospitalizações por uso de drogas não se alteram com uma década de Reforma Psiquiátrica

Autores

  • Alexandre Dido Balbinot Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Rogério Lessa Horta Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Juvenal Soares Dias da Costa Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Renata Brasil Araújo Hospital Psiquiátrico São Pedro
  • Simone Poletto Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Marina Bressaneli Teixeira Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006085

Resumo

OBJETIVO Investigar se as taxas de internações psiquiátricas por uso de substâncias psicoativas e o tempo médio de hospitalização se modificaram após a primeira década de efetiva implementação da reforma psiquiátrica no Brasil. MÉTODOS Este artigo analisa a evolução das hospitalizações devido a transtornos decorrentes do uso de álcool ou outras substâncias no estado de Santa Catarina, de 2000 a 2012. Trata-se de estudo ecológico, de série temporal, com dados de internações obtidas do Serviço de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram estimadas taxas de hospitalização por 100 mil habitantes e tempo médio de ocupação dos leitos. Foram estimados coeficientes de variação dessas taxas por Regressão de Poisson. RESULTADOS As taxas de internação total e para o sexo masculino não variaram (p = 0,244 e p = 0,056, respectivamente). Houve incremento de 3,0% para o sexo feminino (p = 0,049). Não se observou variação significativa para tempo de ocupação dos leitos. CONCLUSÕES A implantação de serviços desencadeada pela reforma psiquiátrica brasileira não foi acompanhada de redução das taxas de hospitalização ou tempo médio de permanência de quem foi hospitalizado ao longo dessa primeira década de implantação da reforma.

Publicado

2016-01-01

Edição

Seção

Prática de Saúde Pública

Como Citar

Balbinot, A. D., Horta, R. L., Costa, J. S. D. da, Araújo, R. B., Poletto, S., & Teixeira, M. B. (2016). Hospitalizações por uso de drogas não se alteram com uma década de Reforma Psiquiátrica . Revista De Saúde Pública, 50, 26. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006085