Fadiga por compaixão em enfermeiros de urgência e emergência hospitalar de adultos
DOI:
https://doi.org/10.1590/1518-8345.2973.3175Palavras-chave:
Fadiga por Compaixão; Enfermeiros; Hospitais; Emergências; Esgotamento Profissional; TrabalhoResumo
Objetivo
avaliar o nível de fadiga por compaixão em enfermeiros e sua associação em função de características sociodemográficas/profissionais.
Método
estudo quantitativo, descritivo e transversal, com 87 enfermeiros de um serviço de urgência e emergência de adultos, de um hospital universitário. Aplicaram-se um questionário sociodemográfico/profissional e a escala Professional Quality of Life Scale 5 . Para a análise dos dados, recorreu-se à estatística descritiva e inferencial.
Resultados
verificou-se que a satisfação por compaixão apresenta as médias mais elevadas, seguida do burnout e do estresse traumático secundário. Encontraram-se no nível elevado 51% dos enfermeiros na satisfação por compaixão, 54% no burnout e 59% no estresse traumático secundário. Os participantes com mais idade apresentaram médias superiores de satisfação por compaixão, enquanto os do sexo feminino, mais novos, com menos tempo de experiência profissional e que não tinham atividades de lazer evidenciaram média superior de estresse traumático secundário.
Conclusão
existe fadiga por compaixão expressa na grande percentagem de enfermeiros com elevados níveis de burnout e de estresse traumático secundário. A fadiga depende de fatores individuais como idade, sexo, experiência profissional e atividades de lazer. A pesquisa e a compreensão desse fenômeno permitem o desenvolvimento de estratégias de promoção de saúde no trabalho.