A domesticidade como paradigma: o espaço doméstico e a construção das narrativas sobre a mulher na história da arquitetura nos EUA
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2023.214109Palavras-chave:
arquitetura, domesticidade, gêneroResumo
Historicizar a dimensão do doméstico é um exercício que permite compreender como a domesticidade personificou a mulher para além da atuação na casa. Isto é, a domesticidade não é dissociada da figura feminina quando realiza atividades que não sejam as “do lar”. Assim, pretende-se analisar como a domesticidade configura as atividades exercidas pela mulher na arquitetura e urbanismo através da historiografia americana e defende que sua introdução na área funciona como uma forma de abrandar as tensões geradas pela expansão do próprio sistema capitalista. Foram selecionadas 5 produções da historiografia consideradas seminais e muito referenciadas em trabalhos sobre o tema no Brasil e no exterior.
Downloads
Referências
COLE, Doris. From Tipi to Skyscraper: a history of women in architecture. Cambridge: The MIT Press, 1973.
DELPHY, Christine. O inimigo principal: a economia política do patriarcado. Revista Brasileira de Ciência Política 2015, n.17, Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0103-33522015000300099&lng=en&nrm=iso&tlng=pt Acesso em: 13 de novembro de 2019.
GIEDION, Siegfried. Mechanization Takes Command: A Contribution to Anonymous History. New York: The Norton Library, 1948.
HAYDEN, Dolores. The grand domestic revolution. Cambridge, Massachusetts/London, England: The MIT Press, 1982.
HIRATA, Helena; KERGOAT, Danièle. A classe trabalhadora tem dois sexos, Estudos Feministas, 2 (3): 93-100, 1993.
HOBSBAWN, Eric. A era dos impérios. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
KERGOAT, Danièle (2000). “Division sexuelle du travail et rapports sociaux de sexe”. In: Hirata, H. et al (coord.) Dictionnaire critique du feminisme, Paris: PUF, p. 35-44 (trad. bras. Divisão sexual do trabalho e relações sociais de sexo, in Dicionário Crítico do Feminismo, São Paulo: EDUNESP, 2009, p. 67-75.
KERGOAT, Danièle. (2012 [1978]). “Ouvriers=ouvrières. Propositions pour une articulation theorique de deux variables: sexe et classe”. Se battre, disent-elles. Paris: La Dispute, cap. 1. Originalmente publicado em: Critiques de l’Economie Politique, 5 (out-dez), pp. 65-97 (tradução brasileira como Lutar, dizem elas... Recife: SOS Corpo, 2018).
LEWIS, Mumford. A cidade da história. Suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
PERROT, Michele. Os excluídos da história. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
PINTO, Teresa. Industrialização e domesticidade no século XIX: a edificação de um novo modelo social de género. in Fernanda Henriques(org.), Género, Diversidade e Cidadania, Colibri, Lisboa: 2007. Disponível em: https://books.openedition.org/cidehus/4085. Acesso em: 13 de novembro de 2019.
RISÉRIO, Antonio. Mulher, casa e cidade. São Paulo: Editora 34, 2015.
RYBCZYNSKI, Witold. Casa. Pequena história de uma ideia. Rio de Janeiro: Record, 2002.
SAFFIOTI, Heleieth. A Mulher na Sociedade de Classes. Mito e Realidade. Petróolis: Vozes, 1976.
SOUZA-LOBO, Elisabeth. A Classe Operária tem Dois Sexos. Trabalho, dominação e resistência. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 1991.
TORRE, Susane. Women in American Architecture: a historic and contemporary perspective. USA, Watson-Guptill Publications, 1977.
WRIGHT, Gwendolyn. On the fringe of the profession: Women in American architecture In: KOSTOF, Spiro (ed.). The Architect. Chapters in the history of the profession. New York: Oxford University Press, 1977.
WRIGHT, Gwendolyn. The model domestic environment: Icon or option? In: Women in American Architecture: a historic and contemporary perspective. USA, Watson-Guptill Publications, 1977.
WRIGHT, Gwendolyn. Building the Dream. A Social History of Housing in America. Cambridge, Massachussets / London, England, The MIT Press, 1980.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Camila Belarmino

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).