“Nenhum lugar é um deserto”: Dois museus de Álvaro Siza
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2022.189474Palavras-chave:
Alvaro Siza, centro histórico, Museu, arquitetura contemporâneaResumo
Ancorado em uma abordagem fenomenológica da arquitetura, este artigo analisa dois museus projetados por Álvaro Siza, buscando explicitar como estratégias projetuais podem contribuir positivamente para a relação entre os museus contemporâneos e a cidade. Siza foi escolhido pela sensível e criteriosa maneira que insere seus edifícios em situações urbanas complexas que articulam tecidos históricos, paisagens naturais e vestígios antigos de ocupação humana. A análise busca revelar como esses museus adquirem significado pela maneira como experienciamos seus espaços, através do arranjo de percursos, do manejo da luz, materiais e processos construtivos e da relação estabelecida com o sítio, a topografia e o território.
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