A Internacional Situacionista e a ideia de um mundo sem fronteiras
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2022.160680Palavras-chave:
frontera , situacionismo, colonialidadeResumo
O recente debate pautado por Balibar, Simone, Mbembe e Boaventura sobre a ideia de “um mundo sem fronteiras” evoca questões colocadas há mais de meio século pela Internacional Situacionista. Em torno da ideia de Urbanismo Unitário, este movimento de vanguarda articulou as interpretações de Guy-Ernst Debord (1931-1994) sobre a psicogeografia e a prática da deriva e as experimentações teórico- artísticas de Aton Constant Nieuwenhuys (1920-2005) na pintura, na escultura e na arquitetura, colocando a superação de fronteiras como uma tarefa fundamental de sua agenda revolucionária. No presente artigo, tendo como pano de fundo a crítica à colonialidade, são discutidas as afinidades entre o Urbanismo Unitário do pós-guerra e o atual debate sobre "um mundo sem fronteiras".
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