A infância imaginária: por uma antropologia filosófica da criança
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v1i85p122-134Palavras-chave:
Criança, antropologia filosófica, pedagogia modernaResumo
O artigo analisa a infância na perspectiva antropológico-filosófica. Diferentes ideologias referem-se às crianças e a suas infâncias a partir de um modelo ou padrão que, em verdade, são formulações particulares e representam mais os interesses de grupos, em especial daqueles que exercem alguma forma de poder, para impor à sociedade uma concepção cristalizadora de infância. A singularidade da caricatura da criança desenhada pelas “filosofias” expõe percepções refratárias da infância, pois, a partir delas, foram demarcados certos conceitos, proficuamente reproduzidos e muito pouco problematizados no posterior desenvolvimento da pedagogia ocidental.
Downloads
Referências
ALBERTI, Leon Battista. Sobre a família. São Paulo: Edusp, 1970.
BECCHI, Egle. Retórica de infância. Perspectiva, n. 22, ano 12, 1994, p. 63-95.
BOTO, Carlota. O Emílio como categoria operatória do pensamento rousseauniano. Trabalho apresentado na 26ª Reunião Anual da Anped. GT 17 – Filosofia de Educação, 2003.
DESCARTES, René. Meditações. In: DESCARTES, René. Obras escolhidas. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1973.
DESCARTES, René. Discurso sobre o método. São Paulo: Humus, 1995.
FERNANDES, Heloísa R. Infância e modernidade: doença do olhar. In: GHIRALDELLI JR., Paulo (Org.). Infância, escola e modernidade, 1997, p. 61-82.
FROEBEL, Friedrich A. A educação do homem. São Paulo: UPF, 2001.
GOLDEN, Mark. Children and childhood in classical Athens. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1990.
HANSEN, João Adolfo. Educando príncipes através dos espelhos. In: FREITAS, Marcos Cezar de; KUHLMANN JR., Moysés (Org.) Os intelectuais na história da infância. São Paulo: Cortez Editora, 2002, p. 61-98.
ISIDORO DE SEVILHA, Santo. Etimologias. V. I e II. Madrid: BAC, 1982.
ITURRA, Raúl. Epistemologia da infância. Educação, Sociedade & Culturas, Porto, v. 17, 2002, p. 135-153.
KATZ, Chaim S. Crianceria: o que é a criança. Cadernos de Subjetividade: Gilles Deleuze. São Paulo: Núcleo de Pesquisa da Subjetividade, PUC-SP, 1996, p. 90-96.
KOCH, Dorvalino. Desafios da educação infantil. São Paulo: Edições Loyola, 1985.
KOHAN, Walter O. Infância e educação em Platão. Educação e Pesquisa, v. 29, n.1, jan.-jun. 2003, p. 11-26.
LOCKE, John. Pensamientos sobre la educación. Madrid: Akal, 1986.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Merleau-Ponty na Sorbonne: resumo de cursos: filosofia e linguagem. Trad. Constança M. César. Campinas, SP: Papirus, 1990.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MONTAIGNE, Michel E. de. Três ensaios: Do Professorado – Da Educação da s Crianças – Da arte de Discutir. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1993.
MONTAIGNE, Michel E. de. Ensaios. V. II. Brasília: Editora da Universidade de Brasília; Hucitec, 1987.
PANCERA, Carlo. Semânticas de infância. Perspectiva. Florianópolis, ano 12, n. 22, ago.-dez. 1994, p. 97-104.
PLATÃO. A república. Lisboa: Fundação Gulbekian,1993.
PLATÃO. As leis. Bauru: Edipro, 1999.
PLATÃO. Diálogos. São Paulo: Cultrix, 2002.
RICHTER, Jean Paul. Levana o Teoria de la educacion. Madrid: Ediciones de la Lectura, 19--.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou Da educação. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
SANDIN, Bengt. Imagens em conflito: infâncias em mudança e o estado de bem-estar social na Suécia. Reflexões sobre o século da criança. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 19, n. 37, 1999, p. 16-34.
SANTO AGOSTINHO. A Cidade de Deus. V.2. São Paulo: Calouste Gulbenkian, 1991.
SANTO AGOSTINHO. Confissões. São Paulo: Paulus, 1997.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
- Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY.